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Miranda aceitou cortar o preço |
É matar ou morrer. Com este pensamento norteando a semana, o Paraná Clube aposta no apoio da galera na busca por uma vitória fundamental para a sua permanência na primeira divisão do campeonato brasileiro. Nessa "corrente", a diretoria decidiu dar um motivo a mais para o torcedor marcar presença no Pinheirão, sábado, às 16h, frente ao Atlético Mineiro. Com o "Pague 1/ Leve 2" a tabela de preços não será alterada, mas na prática o torcedor pagará entre R$ 3,50 e R$ 7,50 para empurrar seu time na hora da decisão.
O presidente José Carlos de Miranda nunca escondeu sua posição contrária a estas promoções. Sua defesa é no mínimo coerente. No setor abaixo dos camarotes do Pinheirão, o torcedor paga apenas R$ 7,00 e em jogo algum estes ingressos promocionais se esgotaram. "Desta vez, decidi aceitar a sugestão do nosso vice de marketing, Waldomiro Gaier Neto. Assim. vamos testar a aprovação do torcedor. Se a resposta for positiva, podemos repetir a dose nos outros dois jogos que ainda faremos em casa", explicou Miranda.
Com uma média de público muito ruim – inferior a 4 mil pagantes por jogo – o Paraná teve déficit em boa parte do Brasileirão. "É preciso uma renda mínima de R$ 30 mil para que ao menos paguemos as despesas do jogo", frisou o presidente paranista. O dirigente sabe que o fraco desempenho nas bilheterias é reflexo da campanha ruim. Mas, vale lembrar que no ano passado o tricolor teve seu melhor rendimento na Série A e mesmo assim não obteve arrecadações expressivas. "Precisamos fazer com que nosso torcedor volte aos estádios. Espero que encontremos a fórmula o quanto antes".
Os ingressos começam a ser vendidos hoje à tarde, em todas as sedes do clube. Os preços são: R$ 15,00; R$ 7,00 (sócios, mulheres, menores e estudantes) e R$ 7,00 (antigo setor Pais-e-Filhos). Na compra de um ingresso, o torcedor ganha outro para levar um acompanhante. Para que a promoção se repita nos jogos frente a Goiás e Fluminense, é preciso que pelo menos 5 mil pagantes estejam presentes no Pinheirão, sábado.
Tricolor já projeta 2005
Matemáticos afirmam que o clube que chegar aos 53 pontos não cairá para a segundona. Há quem arrisque que 52 pontos – desde que com 13 vitórias – sejam suficientes. O presidente José Carlos de Miranda, otimista por natureza, vai além e imagina que com duas vitórias (ou seja, totalizando 51 pontos) o Paraná Clube estará livre do rebaixamento.
"Há muitos confrontos diretos e isso terá influência direta nas projeções", comentou. "É o caso do nosso jogo de sábado. Não tenho dúvida que se vencermos Atlético-MG e Criciúma, nossos adversários diretos, alcançaremos o objetivo".
O dirigente prefere não falar, no momento, sobre a estruturação da equipe para 2005. Mesmo que o assunto já seja tratado nos bastidores, a questão só ganhará ênfase após a definição da situação do clube no Brasileirão. O Paraná correrá o risco de perder muitos jogadores, a exemplo do que ocorreu ano passado. A diferença, porém, fica por conta de um percentual mínimo de 20% no caso de qualquer transferência, mesmo envolvendo jogadores que pertencem a empresários como Sérgio Malucelli e Odário Durães. O vice de futebol, José Domingos, confirmou que alguns contatos com empresários e jogadores que interessam para o ano que vem já foram mantidos.