O Paraná Clube busca um “salto de qualidade” na classificação do campeonato brasileiro. No domingo, o time de Edu Marangon encara o Bahia e na contabilidade do treinador há um déficit de três pontos em relação às suas projeções iniciais. Em uma posição intermediária (11.º lugar), o Tricolor esta a apenas três pontos de Criciúma e São Caetano, que dividem a 7.ª posição. Porém, tem a mesma vantagem de pontos em relação a Atlético-PR, Paysandu e Vasco. Olhando para a frente, mas sem se descuidar dos “retardatários”.
“Não há terceiro turno, então, cada jogo é decisivo e vale seis pontos”, avisa Edu Marangon. Os jogadores assimilaram a mensagem do treinador e buscam subir novos degraus na “escada do sucesso”. O trabalho motivacional da comissão técnica foi armado em etapas de seis jogos. “O primeiro degrau nós já avançamos, passando pelo Fluminense. Agora, é superar o Bahia”, comentou o zagueiro Ageu. A estratégia de Edu visa tornar mais “palpáveis” as metas a serem alcançadas, na busca de um objetivo final, em dezembro.
No projeto inicial, o técnico pretendia somar sete pontos nos três jogos disputados na semana passada. Chegou a somente quatro e por isso parte em busca do terreno perdido. Pela primeira vez, Marangon acena com a possibilidade real de escalar três zagueiros e essa formação foi mais uma vez utilizada no treino de ontem pela manhã.
Ao menos na primeira fase. Depois, trocou Ageu por Fernandinho e voltou ao posicionamento tradicional. “O time já está bem adaptado ao 4-4-2. Com esta semana livre, estou testando uma variação que pode ou não ser aplicada diante do Bahia”, avisou. A saída de Ageu foi por motivo médico. O capitão sentiu-se mal, devido à uma hipoglicemia (alimentou-se mal no café da manhã) e deixou o gramado mais cedo. “Nada que preocupe. Só não estava legal”, disse o zagueiro.
Independente da tática aplicada, o Paraná está preparado para enfrentar a pressão do Bahia. Na 21.ª colocação, o tricolor baiano vive um momento de tensão. “Sempre é difícil encarar um time nestas condições”, destacou o atacante Maurílio. “É preciso paciência e muita força pois eles vêm para tudo ou nada”. No ano passado, quando conviveu com o “fantasma do rebaixamento”, o Paraná sempre se superou ao jogar em casa e somou os pontos que o livraram da “degola”. O atacante deve jogar mais atrás, auxiliando Caio na articulação do meio-de-campo, suprindo a ausência de Marquinhos. Isso se Marangon confirmar o 3-5-2 no apronto desta tarde.
