Quem assistiu Paraná Clube x Ponte Preta até os 15 minutos do segundo tempo viu o melhor rendimento do Tricolor em toda a temporada. Só que um jogo de futebol tem 90, e não 60 minutos.
E o que era uma vitória segura virou um sofrimento até o apito final, com Juninho segurando o empate por 2 x 2 na noite de ontem, na Vila Capanema. O resultado deixou o time com 28 pontos, longe da aproximação ao G4 da Série B.
Percebendo a importância da vitória, o Tricolor começou o jogo partindo para cima da Macaca – justificando a faixa “Pra cima deles” colocada na Reta do Relógio. Em três minutos, Kim tinha acertado o travessão e Naldo tirado em cima da linha um arremate de Tiago.
Aos 5, Wanderson cruzou, Kim chutou e Murilo desviou para as redes. Era o prêmio pelo início ousado dos donos da casa. O Paraná continuou pressionando, e acertou mais uma bola no travessão com Kim.
O lance foi imediatamente após William dar uma de zagueiro e salvar a equipe em um chute de Pirão. Mas o controle da partida era todo tricolor, e aos 24 Wanderson deu passe precioso para Anderson Aquino, que só teve o trabalho de tirar de Eduardo Martini para ampliar.
Era um domínio amplo, apesar de uma ou outra incursão ofensiva da Ponte. Murilo e Kim eram os destaques da partida, ocupando bem as alas e dando opções para Wanderson.
Diogo voltou no mesmo nível de antes da contusão, comprovando que hoje é o titular da defesa paranista. William corria muito e Anderson Aquino se superava, pois desde os 26 minutos ele sentia dores na coxa.
Só que o adversário era perigoso. A prova é que aos 41 minutos Reis fez grande jogada individual, driblando Diogo e diminuindo a vantagem paranista. “O gol foi a pior coisa do primeiro tempo, porque estávamos jogando bem”, resumiu o técnico Marcelo Oliveira.
Em vez de se acautelar, o Paraná voltou na mesma pressão para a segunda etapa. Só que na primeira oportunidade dos visitantes no segundo tempo veio o empate. Aos 14, William, o velho William Batoré, teve espaço dentro da área para dominar e deslocar Juninho.
Marcelo Oliveira apostou em Somália e Flavinho para mudar a cara do jogo – e para “acordar” o Tricolor, que sentiu o empate da Macaca. O que fora construído em 60 minutos de bom futebol tinha ruído, e a torcida não perdoou, reclamando de alguns jogadores e principalmente do treinador. Juninho era o único aplaudido. Só um gol salvaria a noite. Mas ele não veio. Nem com Leandro Bocão, que entrou apenas aos 44 minutos.
A noite animada de sexta-feira tornou-se novo tormento, e os que ainda acreditavam na possibilidade do Paraná se aproximar do G4 levaram outro duro golpe.
Allan Costa Pinto |
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Blitz da Ponte Preta contra Wanderson. O Tricolor se rendeu à marcação do rival e deixou escapar uma vitória que parecia tranquila. |
