O dia seguinte do Paraná Clube foi de resignação. Os jogadores admitiram que o rendimento coletivo foi ruim – em especial no 1.º tempo – e o técnico Marcelo Oliveira reconheceu que o time não conseguiu se adaptar ao novo esquema tático aplicado. Uma somatória perigosa, e que justifica o resultado de 3×0 para o Icasa-CE, que custou ao Tricolor a liderança da Série B.
O jeito é tirar lições do que ocorreu em Juazeiro do Norte e buscar a reabilitação frente ao Guaratinguetá-SP, no sábado, às 16h10, na Vila Capanema. “É difícil explicar o que aconteceu. Mas o time não se encontrou. Levamos três gols em quinze minutos”, lamentou Alessandro Lopes. Para Marcelo Oliveira, uma série de fatores contribuiu para o revés. “Tivemos muitas mudanças em relação à equipe que vinha jogando”, lembrou. Além da dupla de zagueiros Irineu e Luís Henrique, o treinador citou o ala Jefferson, que a exemplo dos outros dois está lesionado.
“Além disso, alguns atletas estiveram abaixo do que podem render. Com tudo isso, o esquema de jogo acabou também prejudicado”. Marcelo Oliveira não aceita que a opção pelo 4-4-2 tenha sido uma “invenção’ de sua parte. “Trabalhamos isso”, frisou. A estratégia havia sido aplicada nos jogos-treinos frente a Operário e Atlético. “Vejo assim: um time que quer brigar pelas primeiras colocações não pode ficar refém de apenas um esquema de jogo. É fundamental que tenhamos variações”.
Mesmo entendendo que não foi a escolha pelo 4-4-2 que determinou a derrota para o Icasa, Marcelo Oliveira poderá recompor o Tricolor num sistema com três zagueiros. Esta definição ocorrerá no treino de hoje à tarde, já em Curitiba. “Temos a consciência de que não há jogo fácil. Mas, em casa, independentemente da qualidade do adversário, temos que nos impor. Não posso esperar nada diferente neste sábado”, arrematou o técnico.
