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O Paraná Clube decide sua vida na primeira divisão do futebol brasileiro nas próximas dez rodadas. O jogo desta tarde, no Pinheirão, assume ares de decisão.
Um tropeço frente ao Vitória significaria a permanência na “lanterna” e um grau de dificuldade ainda maior para a fuga do rebaixamento. Caio Júnior assumiu o comando da equipe com a missão de equilibrar o sistema defensivo e mobilizar o grupo para as batalhas que definirão o destino do tricolor. Sob essa diretriz, a comissão técnica tratou de implementar a volta da concentração nos próximos jogos em casa e adotou o 3-5-2 como modelo tático.
O clube já viveu momento similar há quatro anos. No Brasileirão de 1998, Otacílio Gonçalves “caiu” após dezesseis rodadas. Naquele ano, seu substituto foi Márcio Araújo. O Paraná se livrou da “degola”, mas o aproveitamento da equipe, com o novo treinador, foi de apenas 33,3%. Foram duas vitórias, um empate e quatro derrotas. A “fuga” só se confirmou na última rodada, em um jogo dramático frente ao Flamengo e com uma combinação de resultados que manteve o tricolor na elite. Desta vez, a tarefa de Caio Júnior e Omar Feitosa é mais “espinhosa”.
Pelas projeções, estima-se que o representante paranaense necessita de 50% dos pontos que disputará a partir de hoje. Serão dez jogos para se buscar cinco vitórias, o que levaria o Paraná aos 29 pontos. “Não sou especialista nesses cálculos. O que sei é que temos decisões pela frente e precisamos vencê-las. Pelo bem de todos”, comentou Caio Júnior.
A mudança mais significativa ocorreu na defesa, justamente o setor mais instável do time até aqui. O Paraná já sofreu 27 gols em 15 jogos, média de 1,8 gol/jogo e está entre as quatro defesas mais vazadas da competição. “É uma discrepância, pois temos um ataque eficiente, que já fez 25 gols, e dois artilheiros natos, Márcio e Maurílio”, analisou Caio Júnior. Por isso, o 3-5-2 agora não é mais “disfarçado”. Se antes Sidnei cumpria a função de um líbero, agora o time terá três zagueiros especialistas. A aposta é no experiente Roberto, que chegou há duas semanas e assumiu seu posto de liderança junto ao grupo. “Queremos todos os jogadores conversando em campo. Esse espírito vencedor deverá estar presente em cada um”, avisou Caio.
O jogo de hoje será um teste real para esta nova zaga. Afinal – independente da ausência de Aristizábal, suspenso, o Vitória apresenta um dos ataques mais efetivos do campeonato brasileiro, ao lado do Santos, com 29 gols, e atrás somente do São Paulo, que já fez 32. Com a presença do terceiro zagueiro, Sidnei volta à sua real posição, na cabeça-de-área.
As outras alterações são nas alas. Cris está confirmado na esquerda devido à ausência de Fabinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Na direita, porém, a troca é de ordem técnica. Caio Júnior decidiu apostar na maior ofensividade de Luís Paulo, que assim recupera a posição que perdera para Bosco.
André entra no ataque baiano
– Sem o artilheiro Aristizábal, que marcou três gols, mas recebeu o terceiro cartão amarelo na goleada por 4 a 2 contra o Cruzeiro, o Vitória vai ao ataque para vencer o Paraná, hoje às 16h, no Estádio Pinheirão, e entrar no grupo dos oito primeiros colocados do campeonato brasileiro. Se não poderá contar com o colombiano, o técnico Joel Santana terá a volta do atacante André e do meia Fernando, que cumpriram a suspensão automática.
Joel pretende jogar de forma cautelosa mas sem abrir mão dos contra-ataques. O goleiro Jean disse que apesar da partida contra o Paraná ser difícil, o Vitória vai aproveitar a má fase da equipe paranaense para tentar arrancar os três pontos.