Miranda, Zé Domingos e Vavá admitem que erros do passado fizeram clube aprender a pensar no futuro. |
Mais do que um time para o Brasileiro, a diretoria visa reestruturar o elenco do Paraná Clube para futuras temporadas. Os reforços pretendidos deverão, em sua maioria, fechar contratos de dois – e até três – anos. Além dessa política, o perfil desses jogadores está bem definido: jovens promessas em busca de projeção. "Aprendemos com os erros recentes. Acredito que teremos um grupo mais forte que o de 2003, capaz de realizar um grande campeonato", assegurou o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro.
Há duas temporadas, o Tricolor fez sua melhor campanha em um Brasileiro, chegando à 10ª. colocação e garantindo vaga na Copa Sul-Americana. Foi neste ano que o time contou com um quarteto de primeira, formado por Marquinhos, Fernandinho, Caio e Renaldo. Só que ao término da competição, o desmanche foi inevitável, sem que o clube faturasse um centavo sequer. "Melhoramos nesse aspecto no ano passado, mas mesmo assim cometemos erros", reconheceu Vavá.
Para o diretor, em 2004 – quando montou o time a partir de uma parceria com o empresário Sérgio Malucelli – o Paraná perdeu a autonomia e deixou que o grupo inchasse de forma desordenada. "Por isso, acredito no trabalho que estamos desenvolvendo agora", disse. "Nossas contratações serão criteriosas, visando sempre a criação de um time que possa nos dar resultado dentro e fora de campo".
Com essa política – e acreditando que haverá mais acertos do que erros nessa captação de valores do interior paulista – o Tricolor espera lucrar com a eventual venda de um ou outro destaque, mas sempre assegurando a manutenção de uma base, o que não ocorreu em anos anteriores. O clube continua dispondo de poucos recursos, mas com a cota de televisão garante a sua folha salarial e as contratações são feitas a partir de parcerias. "Com criatividade, podemos levar a melhor na disputa por alguns jogadores, apesar da grande concorrência", concluiu Vavá.
O vice de futebol José Domingos concorda e disse ontem que quatro jogadores já estão praticamente fechados. "Como estamos trazendo atletas em atividade, eles têm compromissos a cumprir neste fim de semana", comentou. "Além da questão ética, se algum nome vazar outras transações seriam prejudicadas". Mesmo diante dessa "lei do silêncio", os nomes do zagueiro Daniel Marques (América de São José do Rio Preto) e do lateral-direito Parral (Portuguesa Santista) fazem parte desta lista de reforços. Outros jogadores bem cotados são os meias Borges (União São João), Gláuber (Volta Redonda) e Danilinho (América-SP).