A semana intensa de contatos com vários clubes e atletas já começa a surtir efeito. O volante Hernani, ex-São Caetano, é o primeiro reforço do Paraná Clube para a temporada 2009.
Experiente, ele já passou por vários clubes do futebol brasileiro e trabalhou com o técnico Paulo Comelli no interior paulista. O clube não confirma o acerto, mas Hernani deve estar em Curitiba ainda esta semana para os exames médicos de rotina e a assinatura do contrato.
Hernani é mineiro e começou sua carreira no Galo. Aos 32 anos, já vestiu as camisas de Portuguesa, Grêmio, Ponte Preta, Goiás, Náutico, Paysandu, Fortaleza, Noroeste, Marília, Coritiba e São Caetano. O volante, se confirmado, seria apenas o primeiro de uma série de reforços que já teriam negociação bem avançada.
A idéia de Comelli e da diretoria é contar com um grupo ao menos delineado antes mesmo do recesso para as festas de fim de ano. O Paraná Clube não fala em contratações de jogadores de renome. Muito pelo contrário. Com um orçamento enxuto, o máximo que o vice de futebol Márcio Villela promete é um time “guerreiro”.
No mesmo discurso, fala da importância de uma sintonia entre equipe e torcida. O desafio do técnico Paulo Comelli, assim, é conseguir montar um time competitivo e capaz de “trazer o torcedor” para o seu lado. Os muitos deslizes registrados nessa temporada acabaram se refletindo em números ruins também nas bilheterias: apenas a 10.ª média de público (4.401).
Na prática, o torcedor teve motivos de sobra para não “abraçar” o seu time em 2008. Agora, o desafio é novamente a reconstrução quase que total. E com um norte a seguir. Armar um grupo confiável e que possa fazer seu torcedor novamente acreditar numa volta à elite do futebol brasileiro.
Para isso, Comelli sabe que o grupo precisa mesclar experiência e juventude na medida certa. Além disso, o Tricolor precisará mostrar força dentro de casa. Uma característica parcialmente recuperada por Comelli no returno da Segundona. Foram sete vitórias em nove jogos.
Porém, os números gerais ficaram muito abaixo daquilo que se pode considerar aceitável. O frágil desempenho como mandante foi capital para os insucessos. No ano, foram 33 jogos disputados no Durival Britto, com um aproveitamento de apenas 59,59%.
Em todos esses jogos, o Tricolor só conseguiu dois momentos de regularidade, quando encaixou cinco vitórias seguidas em casa. Primeiro com Paulo Bonamigo em fevereiro e março no Paranaense e na Copa do Brasil.
A seqüência só iria se repetir entre agosto e setembro, já pela Série B. Agora, a estratégia de Comelli é conseguir armar um time equilibrado já a partir do Estadual, para depois encaixar duas ou três peças antes do Brasileiro.
