Sem maiores ambições nesta Série B, o Paraná Clube tenta ao menos minimizar a campanha vexatória do segundo turno. Após vender a ilusão do acesso, o Tricolor fracassou no momento mais importante da competição e faz um fim de temporada melancólico. É nesse clima que o time entra em campo hoje à tarde, às 17h20, no Dario Leite, diante do desesperado Guaratinguetá. O clube paulista faz seu último jogo em casa e precisa da vitória para se manter fora da zona do rebaixamento.
O técnico Dado Cavalcanti vai escalar praticamente um time “alternativo”, diante dos muitos desfalques. Além de Luís Carlos, Anderson, Paulinho, Ricardo Conceição e Reinaldo, todos no departamento médico, outros três titulares não foram relacionados para a partida: Brinner, Édson Sitta e Paulo Sérgio. Uma chance para a comissão técnica realizar alguns testes, já visando a próxima temporada.
As observações, na visão de Dado, são importantes, independente de sua permanência ou não no comando do Paraná. “Vamos falar sobre isso na próxima semana. Antes mesmo do jogo até para não dar margem às especulações deveremos ter uma definição”, afirmou Cavalcanti. O técnico não consegue esconder a frustração pelo momento “água de vina” do Tricolor. Protagonista ao longo de praticamente toda a Série B, o clube voltou à sua rotina na competição e fecha a temporada como um mero coadjuvante.
Os últimos jogos, na prática, interessam apenas para Guaratinguetá e Icasa (além de terceiros, diretamente interessados em tropeços desses times). Resignados, os jogadores do Paraná mantém um discurso politicamente correto. “Temos que honrar essa camisa até o final”, disse o zagueiro Alex Alves. Reserva durante a maior parte da competição, o jogador espera recuperar energias durante as férias, de olho em um 2014 diferente. “Nosso segundo turno foi horrível. As lições devem ser aprendidas para que na próxima temporada a gente possa buscar esse acesso de forma concreta”, analisou. O zagueiro, com vínculo até dezembro do ano que vem, nem cogita uma transferência neste momento.
Após seis rodadas sem vitória, difícil é imaginar que o grupo consiga encontrar motivação para bater de frente com o Guaratinguetá. “Motivação a gente tem que ter sempre. É a nossa profissão e por isso você precisa renovar forças e buscar um bom jogo”, disse Dado Cavalcanti. “Desportista não pode, nunca, aceitar a derrota. Quero vencer sempre, seja no rachão ou no futevôlei. É isso que espero do grupo”, concluiu o treinador, que não vê seu time vencendo fora de casa desde o dia 28 de setembro, quando o Tricolor goleou o ASA por 4 x 1.