Paraná Clube tenta escapar da segunda divisão do Estadual

O Paraná chegou ao fundo do poço no Campeonato Paranaense. Ontem, na Vila Capanema, o Tricolor empatou em 2 a 2 com o Cianorte e está “atolado” na zona de rebaixamento. Mesmo assim, a diretoria contraria todas as expectativas e mantém o técnico Paulo Comelli no cargo.

Ao longo da semana, a direção tricolor cobrou de forma veemente uma vitória, dando a entender que o treinador não resistiria a um novo tropeço. Mas depois do jogo de ontem, anunciou que Comelli tem a confiança dos cartolas da Vila e segue no comando da equipe.

“Sabemos que necessitamos de resultados. A equipe mostrou evolução, mas infelizmente não conseguiu a vitória. O Paulo Comelli continua e vamos para Toledo novamente em busca da vitória”, anunciou o diretor de futebol Márcio Vilella.

De fato, o Paraná fez uma de suas melhores apresentações no Estadual. Marcou dois gols, criou diversas oportunidades e, em alguns lances, sofreu com a falta de sorte. Porém, voltou a mostrar erros de posicionamento na defesa e jogadores de confiança de Comelli novamente irritaram a torcida com um futebol burocrático e ineficiente.

Falhas, aliás, que foram reconhecidas pelo próprio treinador. “Não podemos tomar os gols que tomamos. Continuamos errando na bola parada. A equipe mostrou falta de maturidade em termos defensivos. Tem jogadores que não estão rendendo e outros que estão evoluindo”, avalia.

Ainda assim, o técnico considera que o Paraná merecia um resultado melhor. “O empate foi injusto, pelo que a equipe produziu. Tivemos muitas chances, mas voltamos a errar, no ataque e na defesa”, destaca.

Apesar de bancar a permanência de Comelli, a diretoria mantém o discurso de cobrança e o técnico, na corda bamba. “Não podemos agir de forma passional. O momento é delicado. Mas esperamos já no próximo jogo conseguir uma vitória. O resultado tem que aparecer. Tudo tem limite”, avisa Vilella.

Tanto Comelli como Vilella destacaram que há a necessidade de reforços. Além do ataque, como já vinha sendo cobrado pelo treinador, agora também para a zaga. “Desde o início estamos precisando de um zagueiro pelo lado direito. Estamos falhando muito naquele setor”, diz Comelli.

Com a insistência da diretoria em manter o técnico, já se comenta que uma pesada multa rescisória no contrato de Comelli estaria adiando a decisão. Situação que foi desmentida pelo comandante tricolor.

“Jamais procurei botar multa pesada nos contratos que assino. Não há problema em relação a isso. A multa é baixa e se a diretoria achar que é hora de mudar, vamos conversar. Tive propostas de Vitória, Fortaleza e Noroeste e decidi ficar. Mas se a direção quiser minha saída, aceito a decisão”, ressalta.

Com 8 pontos em oito jogos, o Paraná está na 14.ª posição no Estadual, na zona de rebaixamento. No próximo domingo, o Tricolor encara mais uma pedreira: o Toledo, no interior, que ainda não perdeu em casa. Comelli não poderá contar com o volante Agenor, que recebeu o terceiro cartão amarelo.

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