Sem conseguir emplacar uma sequência de vitórias, o Paraná Clube corre atrás do único consolo possível: a permanência na Série B. Um filme visto pelo torcedor paranista desde 2008, quando o Tricolor “reestreou” na Segundona. É neste clima de baixo astral que o time entra em campo hoje, às 21h, no Canindé, para encarar a Portuguesa. O jogo abre a 26.ª rodada.
Com a crise escancarada após a derrota para o Sport, restou a jogadores e comissão técnica buscar ao menos um fim de temporada digno. Marcelo Oliveira tenta jogar com as fichas que tem, sem receio de lançar recém-chegados. Só nas últimas quatro rodadas, o Paraná estreou nada menos do que seis jogadores: Juan, Rogério, Ceará, Lima, Jean e Fransérgio.
Os jogadores admitem que a situação é “desconfortável”, mas acreditam que é possível uma guinada, sem desespero. “Temos que reagir agora, enquanto temos uma distância segura da zona do rebaixamento”, disse o atacante Lima.
O Paraná estagnou no 12.º lugar, cinco pontos à frente da temida ZR. Pelas projeções, são necessárias pelo menos quatro vitórias (e dois empates) para o risco zero.
“Temos oscilado demais. Mudanças são normais em uma competição longa, mas quando é preciso mexer em seis posições, com um elenco restrito, fica complicado”, analisou Marcelo Oliveira.
Pelo menos desta vez, o técnico terá a volta da zaga titular. Além do goleiro Juninho, reaparecem no time Irineu e Luís Henrique. As baixas, agora, são no meio-campo. Sem Chicão e Wanderson, suspensos, ele confirmou as entradas de Fransérgio e Ceará.
“O Fransérgio entrou na partida passada, como um terceiro zagueiro, e foi bem. Por isso, optei pela sua entrada na cabeça-de-área”, disse Oliveira. “Já no setor de criação, o Ceará pode não ter o mesmo entrosamento do Wanderson, mas é um jogador muito hábil e de bom arremate de média distância”, explicou. Ceará terá a missão de municiar o ataque, mais uma vez formado por Lima e Anderson Aquino.
William, que contra o Sport cumpriu suspensão, poderia voltar. Marcelo Oliveira, porém, preferiu confiar na maior “rodagem” de Lima, que esteve bem contra os pernambucanos, perto, inclusive, de fazer seu primeiro gol pelo Tricolor. “O Lima é experiente e sabe prender bem a bola no setor ofensivo. Precisamos disso para desafogar um pouco a nossa defesa”, arrematou o treinador.