O Paraná Clube tem, no momento, um objetivo primário: entrar o quanto antes no G4. A 10.ª rodada da Série B começa hoje e os tricolores entendem que a equipe já está madura o suficiente para ingressar na zona do acesso e não mais sair. Só que para atingir a meta, o Tricolor não depende apenas de suas forças. Por isso, o técnico Dado Cavalcanti evita bater intensamente nessa tecla. “Não vamos desperdiçar energias secando os rivais. Temos que fazer a nossa parte e o resto é consequência”, avisou.
Nesta rodada, por exemplo, o Paraná dependeria -além de uma vitória sobre o Ceará, é claro – de tropeços de Joinville e Figueirense. O JEC encara o Icasa, hoje, em Juazeiro do Norte. Caso empate, já inviabilizaria a presença do Tricolor no G4, pois possui um saldo de gols bem melhor do que o representante paranaense (9 contra 5). Já o Figueirense atua somente no sábado à noite, no fechamento da rodada. Joga em casa frente ao São Caetano. “É claro que é importante estar no bloco de cima. Mas acho que é muito bom saber que o time está jogando bem”, destacou o meio-campista Lúcio Flávio.
Por conta disso, as atenções dos paranistas estão totalmente voltadas para o Ceará. “O time vive um momento de ascensão. O padrão de jogo está muito bem definido e essa consistência nos coloca como um dos candidatos ao acesso”, disse Lúcio. “Mas temos a consciência de que a disputa é longa e muito acirrada. Não podemos errar”. Para o capitão, a disciplina tática faz com que o Paraná não tenha oscilações, independentemente das eventuais mudanças que vêm ocorrendo. “Como as peças estão bem encaixadas, aqueles que entram não sentem dificuldades na adaptação”, completou.
Isso explica, por exemplo, as boas atuações de Moacir e Felipe Amorim. Ambos pareciam estar há tempos no grupo. “São jogadores de qualidade, que se encaixaram rapidamente no perfil do nosso grupo. Agora, a concorrência está ainda maior e isso é bom para todos”, lembrou Lúcio Flávio. Na visão do camisa 10, um ponto foi decisivo para a rápida adaptação de todos ao trabalho de Dado Cavalcanti: o diálogo aberto. “Assim que chegou, ele (Dado Cavalcanti) conversou com cada um de nós, individualmente. Sabendo como cada um gosta de jogar, ele traçou a estratégia e foi encaixando as peças”, explicou.
Na média, o Paraná vem apresentando um futebol equilibrado e competitivo, com a “cara” da Série B. Invicto como mandante (e com 100% de aproveitamento na Vila Capanema) o Tricolor só fez um jogo ruim, até aqui: a derrota para o Paysandu, em Belém-PA. “Essa regularidade é ponto chave em uma competição como esta. Mas, apesar do bom momento, temos a consciência de que nada foi conquistado. Não podemos relaxar”, concluiu o capitão tricolor.