Um novo comando técnico, um time ainda em formação e cinco alterações confirmadas. Este é perfil do Paraná Clube para a largada da Série B, amanhã – às 16h10, no Estádio Roberto Santos, em Salvador -contra o Bahia.
Na base da superação, o técnico Zetti espera driblar a falta de entrosamento e até de um conhecimento mais profundo dos atletas. De uma só vez o treinador lança mão de quatro dos oito reforços contratados até aqui.
Zetti sabe que as primeiras rodadas serão complicadas e não estimou um prazo para o seu time estar “encaixado”. Acha essa questão muito subjetiva para estabelecer uma data precisa. “Pode levar cinco dias ou um mês. É impossível determinar como tudo ocorrerá”, disse.
“O que desejo, em especial nessas primeiras rodadas, é um time querendo, com vontade e lutando pelo melhor do início ao fim”. É com esse discurso positivo que o treinador espera romper alguns obstáculos, mesmo sabendo que até os jogadores não se conhecem direito.
O volante Agenor, que segue como titular absoluto do time, reage com bom humor a essa questão. “Se não souber o nome, chamo de feio, de bonito… tanto faz”, disparou.
Remanescente da equipe do ano passado, o jogador terá como novos companheiros de equipe o ala Marcelo Toscano, o zagueiro Aderaldo, o meia João Paulo e o atacante Alex Afonso.
Isso sem contar o garoto Marcelo, titular contra o J. Malucelli e, diante da escassez de zagueiros, mantido no time para o jogo de amanhã. O zagueiro Aderaldo, com a sua costumeira “sutileza”, foi além: “Já joguei dois anos na China, sem saber quem era quem. A língua da bola é universal”, arrematou.
No treino de ontem pela manhã, Zetti repetiu a mesma equipe utilizada na véspera e assim seguiu com o Paraná escalado para a capital baiana. “Procurei, diante das características dos jogadores e com todas as informações passadas pelo Ageu (auxiliar técnico) e pelo Rodrigo Rezende (preparador físico), armar a equipe mais equilibrada possível”, justificou o técnico, que não esconde a total predileção pelo 4-4-2.
É claro, com uma boa dose de marcação no meio-de-campo, utilizando o potencial de bloqueio de Agenor, Edimar e João Paulo. A ideia é garantir, com esse trio bem postado, maior liberdade para o meia Bruninho e os atacantes Wando e Alex Afonso.
“O tempo para ajustes pode ser longo, diante da reformulação do elenco”, avisa Zetti. “Mas, independente desse encaixe, temos que somar o maior número de pontos possíveis nessas primeiras rodadas.”
Para o treinador, há equipes melhor preparadas, mas, de uma forma geral, acredita que o equilíbrio será a característica fundamental desta Série B. “É importante que a gente caminhe sempre no G-4, ou próximo dele. O campeonato é longo e temos que chegar à marca de 19 a 20 vitórias para atingirmos a meta, que é a volta à primeira divisão”, arrematou Zetti.
