O Campeonato Paranaense terminou há quase sete meses, mas somente hoje poderá ter seu capítulo decisivo em relação ao rebaixamento. Ou não. O Paraná Clube, através de uma manobra jurídica do advogado Itamar Côrtes, tenta impugnar o recurso do Rio Branco. Se obtiver sucesso, a decisão do TJD-PR, que puniu o time parnanguara com a perda de 22 pontos, seria definitiva. Mais um ingrediente nesse confuso duelo para se saber quem de fato estará na Segundona do ano que vem.
O resultado de campo aponta para o rebaixamento do Paraná. Um castigo para a inabilidade de seus dirigentes, que conseguiram a proeza de montar um time absurdamente frágil e que foi saco de pancadas no primeiro turno da competição. Porém, o Tricolor acabou “bafejado pela sorte” e pela incompetência administrativa do Rio Branco. O representante do Litoral – que em 2007 fora eliminado da Copa do Brasil pela escalação irregular do atacante Paulo Massaro -equivocou-se no registro do jogador Adriano de Oliveira Santos.
Como Adriano Oliveira dos Santos, ele disputou seis jogos, infringindo o artigo 214 do CBJD. Inicialmente absolvido no TJD, que preferiu imputar culpa à Federação Paranaense de Futebol, o Rio Branco não teve a mesma sorte quando o caso voltou à pauta. O Paraná, como terceiro interessado conseguiu anular o primeiro julgamento. No último dia 26 de setembro, o TJD-PR retirou 22 pontos do Leão da Estradinha, que assim foi rebaixado para a Segundona paranaense.
O recurso do Rio Branco foi protocolado pelo seu advogado, Domingos Moro, no dia 30 de setembro. Porém, a defesa paranista havia, neste tempo, entrado com recurso de Embargos de Declaração, por conta da saída “intempestiva” de Moro da sessão, não aceitando expor sua defesa “encaixotado” entre procuradoria e as argumentações do Paraná, terceiro interessado no caso. “Como a decisão do nosso recurso só foi dada no dia 6 de outubro, o recurso do Rio Branco foi extemporâneo”, afirma Itamar Côrtes.
Sua manifestação de impugnação é embasada na súmula 418 do STJ. Caso a manobra da defesa tricolor seja acatada pelo pleno do STJD, no julgamento desta manhã, o recurso do Rio Branco não seria reconhecido e o caso chegaria ao seu fim.