Superação será palavra-chave para o Paraná Clube no jogo desta tarde, às 16h20, no Canindé. Além de encarar a líder Portuguesa, o Tricolor terá que superar uma série de desfalques. Nada menos do que cinco titulares estão fora de ação e outros três reservas também não puderam ser relacionados para este jogo em São Paulo. “É difícil você perder tantos jogadores ao mesmo tempo. Afeta o entrosamento. Mas é a chance para outros mostrarem porque foram contratados”, disse o técnico Roberto Fonseca, preferindo jogar um olhar otimista sobre este momento de transição.
Some-se a isso o incômodo tabu de ainda não ter vencido nenhum clube paulista nesta Série B. Mesmo assim, a vitória sobre o Boa devolveu confiança ao grupo e a meta, nesta rodada, é, quem sabe, voltar ao G4. “Não dependemos apenas de nossas forças. Mas temos que fazer a nossa parte”, resumiu o treinador, sem disfarçar que um empate, hoje, seria bem recebido. “Se tivéssemos empatado com Ponte Preta e Sport, por exemplo, estaríamos numa situação muito melhor. Mas passou”, completou. Fonseca recorda que nestes jogos o seu time se lançou à frente na ânsia de vencer e foi surpreendido. “Seguimos na briga e, neste returno, não daremos mais estes vacilos”, prometeu. Usando “tática de guerra” para o jogo de hoje, a comissão técnica trancou os portões durante toda a semana e Fonseca não deu qualquer pista sobre a escalação.
Um mistério justificável diante de tantas baixas. O volante Serginho (suspenso) e o zagueiro (Cris) já estavam fora. O departamento médico confirmou ontem os vetos a Zé Carlos, Júnior Urso e Welington. O goleiro ainda convive com dores lombares, resultado de um trauma sofrido em Bragança Paulista. Urso chegou a fazer um teste, ontem, mas houve um agravamento de seu estado – ele teve caxumba – e o volante terá que ficar pelo menos mais dez dias em repouso absoluto. Já Welington segue na sua dura luta contra uma pubalgia.
Diante de tantos problemas, Fonseca arma quase que uma equipe “alternativa”, inclusive com a possibilidade de estreia de Marquinhos (lateral-direito), retorno de Amarildo (zagueiro) e a improvisação de Gleidson (lateral-esquerdo) no meio-campo. “Vamos procurar armar uma equipe sólida, capaz de anular os pontos fortes da Portuguesa e atacar”, arrematou o treinador paranista.