Messias diputa com Beto uma
posição na cabeça de área.

Se cada ação corresponde uma reação, o Paraná Clube vai assegurando uma “ajuda divina” para a seqüência do campeonato brasileiro. Mesmo há quinze rodadas na zona de rebaixamento, o ambiente no clube não é tenso e há um clima de fraternidade no ar. Muito por conta do “estilo paizão” do técnico Paulo Campos, que agora revela um pacto feito com o grupo no momento de sua chegada. Uma “aposta” com fim social, pois o valor arrecadado foi revertido em cestas básicas que agora serão distribuídas em sete entidades assistenciais de Curitiba.

“O futebol também tem essa missão. Esta é apenas uma pequena contribuição, pois devemos ter a consciência de que há pessoas que precisam deste apoio, desta ajuda”, disse o técnico Paulo Campos. Quando voltou ao tricolor, no final de agosto, o treinador encontrou um grupo emocionalmente “destroçado”. “Lá em Minas, antes do jogo contra o Cruzeiro, me veio a luz. Desafiei a todos com uma aposta e a aceitação de todos me deixou animado”, disse.

O treinador explicou como funciona o “pacto de vitória”. “A cada vitória, os integrantes da comissão técnica depositavam um valor. No caso de derrota, quem pagava a multa eram os jogadores.” Segundo Paulo Campos, o bacana da história era que esses valores nada tinham a ver com eventuais premiações pagas pelo clube. Após oito rodadas, os jogadores só tiveram que “mexer no bolso” duas vezes, enquanto que a comissão técnica foi “multada” após quatro jogos.

“Para completar, a Amapar – Associação de Amigos do Paraná – também entrou nesta ação, efetuando os pagamentos dos dois jogos que terminaram empatados”, contou Paulo Campos. Foram angariados R$ 2.500,00 e o valor revertido em cestas básicas, produtos de limpeza e higiene pessoal e doces para crianças. Hoje, após o almoço, os jogadores do tricolor irão se dividir em sete grupos, fazendo as entregas nas entidades selecionadas pelo Conselho de Entidades Sociais de Curitiba.

O treinador comentou ainda que a “aposta” visa mostrar a condição do grupo paranista, “formado por homens”, e espera “uma ajudinha do papai-do-céu” nesta reta final do Brasileirão. “Temos um longo caminho pela frente, pois a situação é difícil e temos onze decisões pela frente”. Assegurou que a revelação do pacto na semana no clássico foi mera coincidência. “Esperamos por uma semana livre, pois assim os treinamentos não seriam prejudicados”, finalizou.

Treinos secretos definem a escalação

O time para o clássico será definido em três treinos “secretos”. Paulo Campos diz não se tratar de mistério, mas sim reflexo das opções que dispõe para este jogo. Com a volta de Marcel, há uma tendência de que o Paraná Clube venha com três meias-de-criação neste clássico. Porém, o técnico não descarta a utilização de três volantes ou até de três zagueiros. “Vou esperar pela formação do Atlético, mesmo sabendo que o Levir não deve mexer muito no time”, ponderou.

Só que para apostar no 3-5-2, depende da recuperação do ala Etto, que retirou um calo do pé esquerdo e não treinou nos últimos dias. “Acho que nesta quinta-feira já estarei em campo outra vez”, disse Etto, esperando permanecer no time, apesar da eventual volta de João Paulo, após cumprir suspensão.

No treinamento de ontem, em campo reduzido, titulares e reservas estavam aparentemente misturados. Porém, em uma equipe estava a defesa formada por João Paulo, Fernando Lombardi, Émerson e Edinho e na outra o ataque com Cristian, Canindé, Marcel e Galvão. Se esta for mesmo a opção de Paulo Campos, a única dúvida será na cabeça-de-área, com Messias e Beto disputando uma vaga ao lado de Axel.

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