Paraná Clube tem estudo completo sobre Cianorte

Com toda a tecnologia empregada a favor do futebol, é muito difícil uma equipe surpreender o adversário com uma fórmula mágica de jogo. Ontem mesmo, o auxiliar técnico do Paraná, Júlio César, já tinha em mãos um vasto material, dissecando cada detalhe do time do Cianorte, próximo adversário do tricolor.

No entanto, em tempos democráticos, a tecnologia vale para todos. Justamente por isso o Paraná foi tão bem neutralizado no último compromisso, quando a equipe empatou em 1 a 1 com o União Bandeirante. Depois da boa vitória contra o Engenheiro, que marcou a estréia do técnico Lori Sandri e da nova fase do time jogando no 3-5-2, a "novidade" ficou manjada. "Alguém deve ter espionado o nosso jogo, porque o adversário conseguiu nos marcar muito bem", lamenta o zagueiro Fernando Lombardi.

Ele e um dos companheiros de zaga, João Vítor, sentiram na pele a disposição do adversário em acabar com o encanto do 3-5-2 paranista. "Nós entramos como contra o Engenheiro, só que simplesmente não conseguíamos sair. Houve uma inversão de ações e os atacantes deles estavam nos acuando na defesa", explicou Lombardi. Surpresos, os dois tentavam, mas não conseguiam passar da linha do meio. "A idéia era fazermos o mesmo que fizemos contra o Engenheiro. Nos revezarmos nas subidas ao ataque, como elemento surpresa, deixando o Alison na sobra. Mas não conseguimos isso", lamentou.

E o técnico Lori Paulo Sandri foi o primeiro a perceber a dificuldade, já que durante a partida sacou João Vítor e colocou o time para jogar no 4-4-2. Mais que isso, o treinador garantiu que vai aproveitar a semana de treinamentos para afinar a saída de bola da dupla, já que já anunciou aos quatro ventos que o esquema-base do Tricolor tem três zagueiros. "A saída de bola requer muito treinamento e vamos aproveitar a semana cheia para trabalhar esse aspecto: como sair da marcação", afirmou o treinador.

João Vítor, que acabou sacrificado na última partida, acredita que com um pouco mais de trabalho, a questão será solucionada. "É natural que sintamos um pouco de dificuldade de adaptação ao esquema. Afinal, o Paulo Campos utilizava a defesa só com dois homens, com a função única de marcar. Mas com um pouco mais de trabalho, a sintonia será perfeita", prometeu João Vítor. É isso que a torcida tricolor mais espera.

Paraná garante reforço só pro Brasileiro

Miranda e José Domingos tentam todo tipo de solução para reforçar
a equipe até o início do Brasileirão.

A diretoria via ter que fazer das tripas coração para reforçar a equipe para o Brasileirão. Apesar de o presidente do clube, professor Miranda, assegurar que os salários dos jogadores estão em dia, não é segredo que a turma da Vila vive tempos bicudos.

Tirando as cotas de patrocínio provenientes das emissoras que transmitem o Campeonato Paranaense – TV Paranaense e Paraná Educativa -, a diretoria está tendo que tirar leite de pedra para manter as contas em dia. Só para se ter uma noção básica da crise financeira que abate a Vila, dos cinco jogos disputados no Pinheirão, em apenas dois o Paraná não operou no vermelho. ?Só tivemos um borderô positivo na estréia, contra o Roma, e no clássico, contra o Coritiba?, lamenta o professor Miranda.

E tudo passa a entrar em um ciclo vicioso. Sem a torcida lotando a casa, a diretoria não consegue contratar atletas de peso. E sem um time forte, que coloca medo nos adversários, a torcida não comparece ao estádio. Ciente das baixas rendas no Estadual, a diretoria já promete algumas promoções para o Brasileirão para atrair os torcedores ao Pinheirão.

Em outra frente, mesmo sem dinheiro para altos investimentos, a diretoria já começa a trabalhar agora a montagem do time para o Brasileirão. ?Para o Paranaense, fica difícil fechar alguém. Mas a diretoria está indo atrás de alguns reforços já visando o Brasileirão?, afirmou o técnico Lori Sandri. ?Não falo as posições porque fica mais fácil de descobrir os nomes. E se vierem a público, os negócios podem ser atravessados?, adverte Sandri.

O vice-presidente de futebol, José Domingos, já assegurou que há pelo menos três reforços alinhavados para a chegada em abril, no início dos trabalhos para o Brasileiro. ?As únicas posições que estão realmente bem servidas são o gol e a lateral-esquerda. No resto, cada reforço será bem-vindo?, diz Lori.

Empresários

Cientes da avidez do Tricolor na busca de reforços, a Vila Capanema virou ponto de encontro de empresários, ansiosos por arrumar um ?esquema? com o time da Vila. Só ontem, foram três, cada qual oferecendo ?a solução? para a diretoria. O vice de futebol José Domingos já avisou que vai dar um jeito na situação. Mas, ao menos ontem, tudo estava como antes.

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