O Paraná Clube corre atrás de um sonho que parece impossível. Tirar uma diferença de onze pontos em apenas seis rodadas. Independente do que venha a ocorrer com os concorrentes, o técnico Roberto Cavalo quer fazer história e fechar o ano com uma sequência de oito vitórias.
Se atingir a meta, derrubará algumas marcas históricas e se transformará no treinador com a maior sequência da história de um clube prestes a completar vinte anos de existência.
Até hoje, a maior série de vitórias do Tricolor ocorreu em 1997. Naquele ano, foram seis vitórias na reta final do Paranaense e o título conquistado sob o comando de Rubens Minelli.
Mesmo assim, a diretoria trocou de treinador: Sebastião Lazaroni chegou e emplacou quatro vitórias seguidas na abertura do Brasileirão. Esta marca de dez triunfos consecutivos, em jogos oficiais, continua sendo a principal marca do Paraná Clube. Números que derrubaram a série anterior, de oito vitórias.
Em 1995, sob a direção de Otacílio Gonçalves, o Paraná havia disparado oito vitórias seguidas. Na série, entre fevereiro e março daquele ano, foram seis vitórias pelo Paranaense e outras duas pela Copa do Brasil. É a maior série comandada por um único treinador.
Curiosamente, nas conquistas da Segundona (em 1992 e 2000), o Paraná não obteve marcas tão significativas quanto essas. A maior sequência de vitórias em uma competição nacional ocorreu há três anos. E na Série A.
Na campanha memorável que levou o Tricolor à disputa de sua primeira Libertadores da América, o time dirigido por Caio Júnior chegou a marcar seis vitórias seguidas. Três antes da parada para a Copa do Mundo e outras três na fase seguinte.
Foram esses dezoito pontos que deram sustentação à equipe, que depois conviveria com altos e baixos, mas graças a essa “gordura” armazenada fechou o ano de 2006 na 5.ª colocação da Série A, a melhor de sua história, até hoje.
O desafio de Roberto Cavalo tem sequência amanhã, em Natal. Após duas vitórias convincentes contra Guarani e São Caetano e uma série invicta de quatro jogos o treinador vê seu time credenciado a buscar essa conquista.
Além de ABC, no Frasqueirão, às 21h, fechando a 33.ª rodada, o Paraná ainda encara, nesta reta final, três jogos em casa (Duque de Caxias, Campinense e Fortaleza) e outros dois fora (Bragantino e Vila Nova).
“Não está em jogo apenas a luta pelo acesso”, afirma Roberto Cavalo, consciente das chances remotas de seu time, diante das combinações necessárias para que isso ocorra. “Temos a obrigação de buscar o melhor para esse clube, fechar o ano com o maior número de vitórias possível. Isso será bom para o Paraná e para cada profissional, pensando em termos de futuros contratos”, ponderou.
Roberto Cavalo, que chegou ao clube sem muito crédito e conviveu com duras cobranças, pode fechar 2009 valorizado e com seu nome gravado na história paranista.