O técnico Lori Sandri espera contar com um time mais maduro para o jogo de domingo – às 18h10, no Joaquim Américo – frente ao Atlético. Ele ainda depende de uma reavaliação do artilheiro Josiel, mas deverá contar com o goleiro Flávio e o zagueiro Luís Henrique. Dentre os lesionados, apenas o líbero Nem tem possibilidades remotas de retorno. ?Estamos sofrendo com essa seqüência de lesões, que prejudicam a montagem do time?, admitiu o treinador paranista.
Um desfalque é certo.O zagueiro Daniel Marques recebeu o terceiro cartão amarelo e cumpre suspensão automática. Resta saber se Lori Sandri irá mais uma vez adotar o sistema com três zagueiros, apesar dos deslizes ocorridos frente ao Sport. Em especial no segundo gol do adversário, que praticamente definiu a partida. Nas últimas jornadas – à exceção da vitória sobre o Corinthians – a rotina tem sido a mesma: o Paraná começa o jogo com três zagueiros, mas após sofrer gols o treinador se vê obrigado a escalar mais um atacante.
Lori Sandri não esconde a indignação com a forma como o Paraná vem sofrendo gols. Nos seis jogos sob a sua direção, são 16 gols sofridos, uma média preocupante (2,67 gol/jogo) e que tem reflexo imediato na inconstância do time na competição. ?Temos que encontrar um equilíbrio. E isso deve ocorrer de forma imediata, pois não podemos mais vacilar?, sentenciou, logo após o tropeço em Recife. Mesmo sendo uma semana de um duelo doméstico, o Tricolor não vai alterar a sua rotina de treinamentos.
Tricolor precisa de 5 vitórias e 2 empates
Foto: Valquir Aureliano |
O zagueiro Luís Henrique pode ser uma das novidades para o clássico. |
Tendo a instabilidade como sua ?fiel companheira?, o Paraná Clube já totaliza onze derrotas no Brasileirão. O revés em Recife foi o sexto consecutivo como visitante, resultado que empurrou o clube mais uma vez à zona do rebaixamento. Restando apenas doze rodadas, a proximidade entre os clubes pode tornar a permanência na Série A ainda mais complicada.
Apenas seis pontos separam o 9.º do 18.º colocado, formando o pelotão que, ao que tudo indica, luta contra a degola. À exceção de América-RN, virtualmente rebaixado (99%), e Juventude, quase lá (81%), o Paraná aparece como o clube com as maiores possibilidades de cair, mesmo tendo um ponto a mais que o Náutico. Os pernambucanos têm 30% de chances, contra 47% do Tricolor, segundo o site www.infobola.com.br, do matemático Tristão Garcia.
O percentual elevado é um reflexo da vertiginosa queda da equipe. Frágil na defesa – com 41 gols sofridos, tem a sexta pior – e inoperante no ataque – mesmo com o artilheiro Josiel -, o Tricolor é, dentre os clubes ameaçados, o que mostra menor poder de reação. Além disso, tem contra si uma tabela complicada, que marca apenas cinco jogos em casa e sete fora, na reta final do Brasileiro.
O numero mágico para garantir vaga na primeira divisão continua variando e, pelo aproveitamento atual, são necessários 48 pontos para não cair. Nessa projeção, o Paraná precisa de cinco vitórias e dois empates nos jogos que lhe restam. Um rendimento de 47,22%, muito acima da performance da equipe até aqui (39,74%). Um quadro que elevará significativamente o nível de tensão do duelo do fim de semana, contra um concorrente direto.
O Atlético, mesmo tendo apenas um ponto de vantagem, tem só 20% de chances de rebaixamento, segundo as projeções do especialista.
O futuro do Tricolor ficará mais claro dentro de quatro rodadas. Serão três jogos fora – Atlético-PR, América-RN e Figueirense – e apenas um em casa – Fluminense – para tirar o clube da lama. Para não tomar um caminho sem volta, o Paraná precisa de pelo menos duas vitórias nestes confrontos, preferencialmente contra Atlético e Figueirense, adversários diretos pela sobrevivência na elite do futebol brasileiro.