O Paraná Clube, ao que tudo indica, irá conviver com o risco de degola até as últimas rodadas desta Série B. Praticamente um repeteco do que se viu no ano passado, quando o torcedor tricolor só conseguiu respirar aliviado no penúltimo jogo da temporada.

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A situação atual do clube é um pouco melhor. Mas, em 2008, neste momento da competição, o time já tinha uma identidade, uma formação básica. A equipe de Roberto Cavalo segue com o estigma da instabilidade, incapaz de vencer jogando dentro de casa.

O treinador, que chegou à Vila Capanema há 24 dias, já tentou uma série de variações. Foi ousado logo na estreia, escalando um quarteto de frente para encarar o Juventude. Ficou num empate (1×1), com o ala Márcio Goiano salvando o time nos minutos finais do jogo.

Contra o Figueirense, abriu mão do 3-5-2, mas manteve os três volantes. Não deu certo: derrota por 4×0. Na última sexta, apostou na marcação, com três zagueiros e três volantes. Novo insucesso -2×0 para a Portuguesa -, num jogo onde o Paraná pouco produziu no ataque.

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No ano passado, o então técnico Paulo Comelli já tinha um time “na mão”. Mesmo assim, nas dez últimas rodadas, conseguiu somar apenas 16 pontos (5 vitórias, 1 empate e 4 derrotas).

O suficiente para livrar o time do rebaixamento e fechar a temporada em 11º lugar. Esta é, aliás, a melhor colocação do Tricolor desde que caiu para a Segundona. Na teoria, a missão de Roberto Cavalo é menos complicada. Pelas estimativas, com mais onze pontos o Paraná se garante na Série B para 2010.

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A tabela apresenta um ponto favorável. Há confrontos diretos com os times da “rabeira”, sendo que a maioria desses jogos está programada para o Durival Britto.

O Paraná encara Duque de Caxias, Campinense e Fortaleza em casa. Mas, se não reagir agora, o time corre o risco fazer parte do “G4 do mal” quando da realização dessas decisões. E a sequência de jogos é no mínimo complicada.

Nas próximas três rodadas, o Tricolor encara dois favoritos ao acesso: Atlético-GO e Guarani, ambos na Vila Capanema. Entre essas “pedreiras”, vai até Minas Gerais para enfrentar o Ipatinga.

“Não dá pra gente ficar adiando. Não está faltando luta, mas temos que vencer esse próximo jogo, de qualquer maneira”, disse o volante Adoniran. Para o jogador, o Paraná precisa sair na frente diante do Atlético-GO. “Com um gol, vem a tranquilidade e a confiança. Hoje, é o que o grupo precisa para recuperar o equilíbrio emocional”, arrematou o jogador.

Mas, o momento é pouco animador. Sob o comando de Cavalo, o Paraná só fez um gol em casa, ainda assim, marcado por um ala (Márcio Goiano). Situação que faz o treinador até admitir rechear o time de meias, abrindo mão de um atacante de ofício.