Paraná Clube segue sem pagar jogadores

Foram mais de três horas de reunião, mas nenhuma solução imediata foi definida pela diretoria. Mesmo admitindo que a situação é “extremamente desgastante”, o presidente Aquilino Romani assegurou que ao menos parte dos atrasados será paga antes da viagem para Florianópolis.

“Não conseguiremos tudo, mas algo será pago. Aí, joga quem quiser”, disse. O dirigente paranista hoje terá um encontro com alguns jogadores. “Vou falar com uma comissão dos atletas. Estamos levantando algum dinheiro, mas não é fácil buscar todo o valor necessário para quitar a dívida com nossos atletas”, justificou Romani, que descartou estar tratando nesse momento da venda do atacante Kelvin. “Isso não existe. Até porque, não recebemos nenhuma oferta oficial. Se tivermos algo no papel, vendemos, com certeza”, explicou o presidente.

A possibilidade da venda de Kelvin foi levantada por conta dos integrantes da reunião de ontem. Além de Romani, dos integrantes do departamento de futebol (Guto de Melo e Paulo César Silva) e o presidente do conselho deliberativo, Benedito Barboza, esteve presente o empresário Renato Trombini, detentor de 55% dos direitos econômicos do garoto.

“Precisamos de soluções imediatas. Então, não dá para ficar esperando uma negociação de maior porte, como a que envolveria o Kelvin. Temos que dar uma solução para os jogadores já”, reconheceu Romani.

Surgiram também boatos de uma oferta do futebol português pelo ala Henrique, mas a informação não foi confirmada pela diretoria. Na prática, o Paraná segue sem um novo horizonte. Para cobrir o rombo, as únicas soluções são “passar o pires” ou negociar algum jogador.

Depender da venda de Kelvin ou Henrique para equilibrar as finanças é quase uma loteria. Afinal, até algumas semanas atrás, os meninos sequer estavam na vitrine e viviam o dia a dia do Ninho da Gralha, distantes dos holofotes do grupo principal.

O Paraná, caso não emplaque nenhuma transferência maior nos próximos dias, fechará a temporada 2010 exatamente como a anterior: devendo salários, na Série B e com a conta no vermelho.

Uma triste realidade de um clube que surgiu grande, mas que hoje mal consegue sobreviver no segundo escalão nacional. Pior do que isso: sem perspectivas de encontrar, num futuro próximo, uma nova realidade, vitoriosa como a dos anos 90.

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