O sinal vermelho está aceso. Comissão técnica e jogadores estiveram reunidos ontem, por mais de meia hora, analisando os deslizes cometidos na última jornada, que recolocaram o Paraná Clube sob a sombra da incerteza.
Um quadro agravado diante do recente aproveitamento do time, muito abaixo daquilo que produziu em boa parte deste segundo turno. O Tricolor só somou três dos últimos doze pontos que disputou. Um aproveitamento de apenas 25%, número que não poderá se repetir nesta reta final, sob o risco de queda para a Série C.
Há menos de um mês, o Paraná atingiu seu melhor momento na competição. Foram quatro rodadas de invencibilidade, com três vitórias seguidas. Neste momento, logo após o empate (1×1) com o Juventude, o Tricolor tinha pela frente a missão de vencer três dos oito jogos que disputaria.
O tempo passou, quatro rodadas ficaram para trás e o time só conseguiu uma vitória. Nas contas do técnico Paulo Comelli, são necessárias duas vitórias – ou um rendimento de 50% – para que a meta traçada há exatos três meses, quando a nova comissão técnica assumiu a missão de “resgate” do Tricolor.
“Não podemos deixar escapar tudo o que fizemos nesse segundo turno. Vacilamos e agora o jeito é buscar pontos lá em Brasília”, disse o meia Giuliano, reconhecendo que não vem conseguindo render o esperado.
“O time não vem mantendo uma regularidade”, lembrou. Os números comprovam essa análise do jogador. À exceção do jogo contra o Barueri – em que a atuação foi mais linear – a equipe oscilou muito ao longo das outras partidas. Em especial nos dois jogos em casa, ante Brasiliense e São Caetano.
O rendimento do Paraná como mandante, aliás, é um dos piores da Série B. Levando-se em conta apenas os jogos disputados em casa, o Tricolor é o 18.º colocado da Série B, com 24 pontos. Supera o Gama somente no saldo de gols e está à frente do lanterna absoluto da Segundona, o já rebaixado CRB.
Para evitar a degola, o time de Comelli terá que somar pontos contra o Gama, num jogo “de seis pontos”, ou apostar tudo num rendimento máximo na Vila Capanema, contra Ponte Preta e CRB. “Não podemos mais vacilar em casa. Temos que recuperar aquela mesma postura do início do returno”, frisou o capitão Leandro.
Naquele momento, o Paraná emplacou cinco vitórias seguidas em casa. Mas foi só. No geral, em 17 jogos disputados no Durival Britto, são três empates e igual número de vitórias e derrotas: 7.
Uma instabilidade que se reflete numa campanha pífia e no descrédito do torcedor. O clube ocupa uma modesta 10.ª colocação em média de público, com somente 4.442 pagantes/jogo.