As rodadas vão passando e o Paraná Clube não consegue largar a calculadora. A incompetência em campo -foram 68 minutos com um jogador a mais – resultou em novo momento de apreensão, de incerteza.
Resta aos paranistas torcer por tropeços de seus principais concorrentes, em especial Criciúma e Fortaleza, para que a distância de quatro pontos para a zona do rebaixamento seja mantida.
“O mais importante é que dependemos apenas das nossas forças”, minimizou o lateral-direito Murilo. Os jogadores, no dia seguinte à derrota para o São Caetano, ainda não tinham uma explicação para o ridículo desempenho do time no segundo tempo. “Não podíamos perder esses pontos. Mas não sei o que aconteceu. Nos descontrolamos em campo”, disse Murilo. Na prática, o Tricolor pipocou e foi facilmente envolvido pelo Azulão, que criou algumas chances reais de gol.
Nem mesmo o técnico Paulo Comelli soube explicar o apagão. Após a partida, ainda não encontrava justificativa para a ineficácia do ataque tricolor, principalmente após um primeiro tempo promissor, quando o time fez dois gols e mandou outras duas bolas na trave.
“Não conseguimos sair da marcação. Faltou paciência para tocar mais a bola”, admitiu Rodrigo Pimpão. “O torcedor nos vaiou. E com razão. Decepcionamos”, disse o atacante.
Pimpão, mesmo destacando que o Paraná não depende de outros resultados para se manter na Série B, já antecipou seu roteiro para o fim de semana. “O jeito é torcer, e muito, para que o Fortaleza e o Criciúma percam seus jogos”, disparou.
Na teoria, os dois concorrentes travam duelos duríssimos: o Fortaleza encara o Santo André, fora de casa, e o Criciúma recebe o líder Corinthians. Uma combinação de resultados pode dar ao Timão, o título da Série B neste sábado.
Atormentado pelo fantasma da degola, o Paraná vai atrás do seis pontos projetados por Comelli. A salvação pode vir com menos, mas o objetivo do treinador é atingir a marca de 46 pontos até a penúltima rodada. Assim, o Paraná precisaria vencer um dos próximos jogos, contra Gama ou Ponte Preta, para arrematar o serviço contra o já rebaixado CRB.
“Não podemos deixar para resolver a nossa vida na última rodada”, antecipou o técnico, numa referência ao jogo do próximo dia 29, quando o Tricolor encara o Santo André, no Estádio Bruno José Daniel.