O Paraná Clube busca soluções para acabar com a “maldição” da camisa 9. Desde Josiel, artilheiro do Brasileirão-2007, o clube não consegue acertar a pontaria na contratação de um goleador.

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No entra e sai de jogadores, muitos passaram pela função, sem que nenhum deles realmente conseguisse se firmar como o “matador” que o sofrido torcedor paranista tanto espera. A esperança em torno de Marcelo Toscano foi para o espaço a partir da decisão do atleta de ingressar na Justiça do Trabalho contra o clube.

Há quem aposte que o jogador, independente do resultado da ação judicial, não mais vestirá a camisa tricolor. O Paraná esperava trazer o vice-artilheiro do baiano, mas Sylvestre recebeu proposta do ASA-AL e o empresário Marcos Amaral admitiu que “ficou difícil”, mesmo sem desistir oficialmente da negociação.

Diante desse quadro, Amaral já trabalha com um “plano B”. Parceiro do clube na montagem do elenco para a Segundona, ele admite que uma limitação financeira nas composições salariais torna a busca por reforços ainda mais difícil.

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Até a volta de Josiel, que em 2007 balançou as redes 20 vezes, mesmo com o Tricolor sendo rebaixado, chegou a ser cogitada. Mas, além dos salários elevados havia uma multa rescisória “inviável” para a sua liberação do futebol mexicano.

O gaúcho foi o último grande ídolo dos paranistas, que depois disso viram passar pelo ataque jogadores como Massaro, Fábio Luís, Gilson, Éder, Vinícius, Wellington Silva, Alex Afonso e Bebeto.

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A sequência de fracassos fez com que o Paraná, na reta final da Série B do ano passado optasse pela utilização de Toscano, até então visto apenas como ala, na função de atacante.

Às vésperas de novo início de Brasileiro, o clube trouxe apenas um atacante até o momento. Leandro Bocão, goleador do Toledo, está na Vila Capanema há dez dias, mas somente agora foi oficialmente apresentado.

O jogador de 30 anos fez sua carreira no interior mineiro e admite que esta é a grande chance de sua vida. “Tive bons momentos jogando por Mamoré, Uberaba e outros. Mas, nunca veio um convite para atuar num dos grandes de Minas”, disse o jogador. Mas, mesmo tendo se destacado como atacante de área, ele revelou que nem sempre foi assim.

“Na verdade, sou meia por origem. Faz um ano que fui adaptado à condição de centroavante. Deu certo”, disse Leandro Bocão. O jogador, que veio para compor o elenco, pode ganhar de presente a condição de titular para a largada da Série B.

Ele terá dez dias entre o fim do Estadual e o início do Brasileiro para mostrar suas qualidades ao técnico Marcelo Oliveira. O treinador, porém, espera a chegada de novas opções.