Um ponto ganho, três gols marcados e só 8% de aproveitamento. Números que determinaram uma mudança radical no Paraná Clube. No jogo de hoje, às 17h, na Vila Capanema, o técnico Roberto Cavalo mexe não apenas nas peças, mas também na estratégia de jogo.
Para encarar o Cianorte, ele se rendeu ao 3-5-2 e aposta num “ferrolho” para fazer frente ao melhor time do interior no Estadual. Além de escalar três zagueiros, o treinador decidiu montar o meio-campo com três volantes.
Mesmo com seis jogadores essencialmente defensivos no time, Cavalo garante que o Tricolor não se limitará à marcação. “Temos que ter cuidados. Senão acontece o que a gente viu em Apucarana”, frisou, ainda sentindo os efeitos da derrota para o Roma. “Não sou fã do 3-5-2, mas é um esquema que sempre deu certo no Paraná”, justificou.
Roberto Cavalo lembrou que a opção se deve não apenas pelo momento ruim do time. “O Wellington ficou algum tempo no departamento médico. Agora, com todos à disposição, vou arriscar uma formação diferente, que me agradou no treino”, comentou. “Mesmo com esses cuidados defensivos, com dois minutos de treino fizemos um gol. É um bom sinal”, comemorou.
A zaga, assim, será formada por Onildo, Rafael Vaz e Wellington. Com a nova formação tática, o meia Taianan jogará mais avançado, aproximando-se de Tito. Resta saber se os três volantes e os alas terão capacidade para municiar o setor ofensivo, evitando que o Paraná exagere na “ligação direta”, como ocorreu especialmente no jogo contra o Corinthians Paranaense.
Além dos zagueiros e das voltas do volante Javier Mendez e do meia Taianan, Cavalo também decidiu dar uma chance ao garoto Borges, das categorias de base.
“Com ele e o Javier, teremos uma pegada mais forte. O menino vem treinando bem e não temos a condição de ficar esperando as coisas acontecerem. Temos que buscar soluções imediatas dentro desse grupo que aqui está”, analisou Cavalo.
O treinador espera que a crise técnica não se reflita em uma maior pressão da torcida. “Vivemos um momento delicado. Todos sabem disso. Espero que a torcida ajude durante os 90 minutos, pois uma cobrança mais forte pode ser prejudicial para esses meninos”, destacou Cavalo, pedindo uma trégua.
“Até aqui, eles apoiaram sempre. Cobrar depois do jogo é válido e justo. Mas com a bola rolando, todos precisam remar para o mesmo lado”, disse Roberto Cavalo, convocando o torcedor.
