“Sei que não pegou forte. Não tinha sangue nem nada”, disse Kléber, ao se referir da agressão cometida por ele em cima do zagueiro Alisson, do Paraná Clube. O lance mais polêmico da derrota paranista, sábado, em São Januário para o Vasco da Gama, por 1×0, ainda repercute no Tricolor.
A equipe carioca vencia o jogo quando aos 24 minutos do segundo tempo o experiente atacante deixou o braço esquerdo e acertou um tapa no jovem defensor, que acabou caindo. Na sequência do lance, Marcos Serrato escorregou e Kléber foi derrubado dentro da grande área, gerando a expulsão de Anderson Rosa. O pênalti foi desperdiçado com uma boa defesa do goleiro Marcos.
“Tomei uma pancada na boca e a auxiliar de arbitragem não fez nada. O Kléber não falou nada e acredito que faltou desportividade. Isto não se faz no futebol”, relatou Alisson.
No STJD
A agressão do ‘Gladiador’ foi repudiada pelo técnico Claudinei Oliveira. Após a partida, o treinador informou que havia pedido para a diretoria encaminhar uma denúncia ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para que o atacante receba uma punição pela agressão. “Já pedi para à diretoria do clube pegar as imagens do jogo e encaminhar uma denúncia contra o Kleber. Acho que não é correto, a malandragem não pode vencer as coisas corretas no futebol e em nenhum setor da vida. Espero que a gente pegue as imagens do jogo e envie para o STJD, até porque foi um lance capital para a nossa derrota. Que o Kleber seja punido exemplarmente”, disse o treinador paranista.
“Se o jogador deu uma mordida no outro e pegou quatro meses, uma agressão é uma agressão. Lamento muito o Kleber ter feito isso e este é o jeito do Kleber de ser. A gente espera que ele seja punido exemplarmente”, completou.
A diretoria estudará as imagens para depois comunicar as ações que serão realizadas, mas o vice-presidente de futebol, Celso Bittencourt, estava em São Januário e confirmou que o clube entrará com o pedido de gancho ao atleta via STJD.
O lance acabou sendo fundamental para a sequência da partida, pois com um jogador a menos Claudinei Oliveira acabou alterando o time com o objetivo de sanar as dificuldades defensivas.
“Mesmo com um a menos tivemos chance para empatar e não conseguimos. O importante é que estamos produzindo coisas boas”, afirmou Marcos, lembrando das chances criadas pela equipe paranista.
Próximo jogo
O Paraná completou cinco jogos na zona do rebaixamento e a campanha permanece irregular. Com apenas três triunfos, foram conquistados apenas 31% dos pontos – treze em quatorze rodadas.
A chance de reabilitação da equipe, que está na 17.ª posição, pode ser no próximo sábado, às 16h20, na Vila Capanema, quando enfrenta o Vila Nova, lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro, com uma única vitória até aqui.
