O Paraná Clube deixa de lado o momento delicado no Campeonato Paranaense para se concentrar na Copa do Brasil. A bola da vez é o Botafogo de Caio Júnior, às 19h30, na Vila Capanema.
O Tricolor volta a enfrentar um dos grandes do eixo Rio-São Paulo, após três anos e meio relegado ao segundo escalão. O técnico Ricardo Pinto escala a equipe-base e espera resgatar, neste duelo, o futebol competitivo de jornadas anteriores, algo que não ocorreu nas partidas mais recentes.
“Não importa quem é o adversário. Precisamos mostrar que aqui na Vila Capanema, nós mandamos”, disse o técnico tricolor. O aproveitamento do Tricolor como mandante, sob a direção de Ricardo Pinto, é de 100%.
Além de motivar o grupo após o revés em Paranavaí, o treinador teve ainda que driblar uma “bronca” junto à CBF. O atacante Kelvin ficou com seu contrato “rescindido” por algumas horas, ontem.
A situação agitou os bastidores do clube e fez o treinador testar uma segunda opção para o jogo, no apronto. Marquinhos foi escalado na vaga de Kelvin. Tudo por conta de um suposto “erro” da confederação.
O Paraná não foi notificado sobre algum problema no registro do jogador, mas o Boletim Informativo Diário (BID) de segunda-feira à noite trazia a rescisão do contrato do jogador. “Fomos pegos de surpresa, pois aquela questão da penhora do Vitória-BA já estava resolvida”, explicou o advogado Alessandro Kishino.
Após uma série de contatos com a CBF a questão foi resolvida e a “rescisão” removida do BID. Sinal verde para Ricardo Pinto escalar o garoto e a força máxima do Tricolor neste jogo onde não sofrer gols é fundamental.
“Vamos tentar um resultado que nos dê vantagens para o jogo da volta, no Rio de Janeiro. Isso passa por uma marcação eficaz”, ressaltou o treinador. Para recuperar esse sentido de marcação, Ricardo conta com as voltas de Luciano Castan, Rodrigo Defendi e Luiz Camargo.
“São os titulares desde a minha chegada e estão melhor entrosados. Nesse momento, é melhor não mexermos muito no time”, justificou o técnico. Por isso, ele repete o time utilizado frente ao Cianorte, inclusive com a manutenção de Lima, improvisando no meio-campo.
Na prática, o treinador vem quebrando a cabeça para encontrar essa peça de ligação. Já utilizou Packer, Bruninho, Kerlon, Taianan, mas todos se lesionaram e a solução foi lançar mão de Lima.
“Esta é uma competição diferente. Estamos na mesma condição do Botafogo, onde a única vantagem deles é jogar a segunda em casa. Por isso, na Vila Capanema, temos que fazer a diferença”, arrematou Ricardo Pinto.