O Paraná Clube faz hoje, às 21h50, na Vila Capanema, um jogo-chave para suas pretensões na Série B. O time entra em campo modificado, e com dois objetivos em mente: dar um basta nas oscilações e tirar um concorrente direto da briga pelo G4. O Avaí, após início ruim, faz uma campanha de recuperação e ainda sonha com o acesso. O técnico Dado Cavalcanti aposta nos retornos dos experientes Anderson e Reinaldo e projeta um time ofensivamente mais intenso, com a entrada de Ronaldo Mendes.
O Tricolor busca a reabilitação após a derrota para o América-MG. A equipe não tem conseguido manter o mesmo equilíbrio de jogos passados. ‘Na última partida, fomos muito ansiosos. Até marcamos pressão, uma característica da equipe, mas havia uma distância entre as linhas de marcação e o adversário soube explorar isso muito bem’, comentou Dado, que busca tirar dos ombros dos atletas a ‘necessidade de vitória’, por mais que ela exista. ‘Precisamos ter a sensibilidade de que a vitória deve ser construída ao longo dos 90 minutos. Não adianta querer acelerar demais, pois podemos perder o nosso ponto forte, que é o sentido coletivo de marcação’, disse.
Para tanto, o treinador conta com a ‘voz de comando’ de Anderson. O zagueiro reaparece no time após quatro jogos. ‘O Alex (Alves) foi muito bem. Talvez haja uma diferença na forma como eu cobro dos demais jogadores. Sou chato dentro de campo’, admitiu Anderson, que deverá reassumir também a braçadeira de capitão, enquanto Lúcio Flávio segue no banco de reservas.
Com a recuperação de Anderson, o Paraná volta a contar com a zaga titular. Brinner e Anderson não atuam lado a lado desde a primeira rodada do returno. Coincidência ou não, depois do 1 x 0 no ABC, a zaga tricolor – até então a menos vazada – não passa mais em branco. Foram oito gols sofridos nos últimos seis jogos. ‘Quando o time sofre gols não é por culpa da zaga ou do goleiro. O sistema de marcação envolve a todos, desde os atacantes’, lembrou Anderson.
Na prática, Dado Cavalcanti espera ver em campo um time capaz de pressionar o Avaí, mas sem se descuidar da marcação. ‘Fizemos isso muito bem na maioria dos jogos. Nas partidas frente a Oeste e América, vacilamos e saímos atrás no marcador. Aí, tivemos dificuldades para correr atrás’, reconheceu. ‘Precisamos agredir na medida certa, sem desespero. Não vou deixar os jogadores ainda mais pilhados, pois, apesar de alguns deslizes, ainda estamos muito bem colocados’, arrematou o treinador.