Há pouco mais de um mês o Paraná Clube ressuscitou no Paranaense ao vencer o Coritiba (1×0, em Paranaguá). Agora, tenta sair da condição de “azarão” na caminhada pelo título. E, para isso, mais uma vez depende de um resultado positivo na casa do rival.
O técnico Marcelo Oliveira não esconde a necessidade de anular as principais virtudes do adversário, para isso priorizando a marcação. Mas, não deu pistas sobre a formação que colocará em campo, ainda na dependência da presença de Márcio Diogo, que será reavaliado pelos médicos.
“Não é mistério. Apenas uma questão de trabalharmos nossas possibilidades, diante da fadiga muscular de alguns jogadores”, disse Marcelo Oliveira em relação ao treino “secreto” de ontem pela manhã. Márcio Diogo chegou a treinar, mas à parte, sem bola.
O jogador será reavaliado hoje, já que nas duas últimas partidas precisou deixar o campo mais cedo, com dores nas pernas. “É um jogador importante para o nosso esquema. Vamos esperar”, disse o treinador. Tão importante que uma eventual ausência do atleta poderia determinar uma mudança estruturalna equipe.
Foi exatamente contra o Coritiba num momento em que contava com a volta de Irineu à zaga que Oliveira abdicou do sistema com três zagueiros. Avançou Chicão para a sua posição, a cabeça de área e adotou o 4-4-2, esquema aplicado desde então (com eventuais adaptações, é verdade).
Hoje, o caminho pode até ser o inverso, já que Diego Correa está à disposição da comissão técnica após cumprir suspensão. Há quem acredite que caso Márcio Diogo não reúna condições, Diego possa mais uma vez ser improvisado na ala-esquerda, com o deslocamento de Pará para o setor de armação.
“Tudo é possível”, despistam os jogadores, seguindo a cartilha de Marcelo Oliveira. “Sabemos que será um jogo duríssimo, pela qualidade do adversário. Mas, é possível vencer e já provamos isso”, lembrou o volante Chicão.
Em jogos recentes, mesmo vencendo, o Paraná sofreu pressão em determinados momentos. Um quadro normal, na avaliação de Chicão. “O bom seria você controlar o jogo todo. Mas, isso é impossível. O lado bom é que mesmo pressionado, nosso time não se desorganizou o conseguiu o resultado, como em Toledo”, destacou Chicão.
Pragmático e fazendo da humildade e da união do grupo sua maior arma, o Paraná tenta derrubar prognósticos e se colocar como candidato forte ao título. Para isso, terá que vencer. Mas, os jogadores mantêm um discurso “pés no chão”.
“Vencer seria ótimo. Mas, dependendo do jogo, não perder já é interessante. O que não podemos é perder definitivamente o contato com as primeiras posição”, arrematou o zagueiro Irineu, vendo no empate um resultado razoável, apesar do regulamento totalmente favorável ao Coritiba.