Depois de vencer seus últimos desafios, contra Coritiba e Cerâmica-RS, o Paraná recebe hoje o Cascavel, querendo uma trégua no pessimismo de seus torcedores. Comissão técnica e jogadores solicitam que os tricolores compareçam em grande número na Vila Capanema, às 20h30, mas pedem paciência e que não se repitam as rotineiras vaias e xingamentos aos jogadores antes do jogo acabar.
Na visão do treinador Marcelo Oliveira, o torcedor é o grande aliado da equipe paranista.
Ele não reclama de cobranças, até acredita que elas sejam fundamentais para o bom desempenho em campo, mas espera que as opiniões das arquibancadas surjam somente após os 90 minutos de bola rolando.
“Se não gostar do resultado, vaia. Mas se começar antes, os nossos jogadores se desequilibram e isso dá força aos adversários”, explicou.
O comportamento nas arquibancadas, por exemplo, chegou a interferir no time que enfrenta hoje a Serpente do Oeste.
Vítima constante do Bullying – termo em inglês utilizado para designar rejeição, através do uso de gestos e palavras hostis – da torcida paranista, o meio-campo Elvis sai para entrada de Everton.
Com o poder da caneta na hora de definir quem joga e quem encara o banco, Marcelo Oliveira, que ultimamente anda tendo diversas conversas com o garoto Elvis, preferiu ressaltar o bom gesto de quem dá uma oportunidade a um dos seus comandados. “É importante ver um jogador com o olho brilhando, querendo jogar”, disse, pouco antes do treino de ontem, na Vila Capanema.
Everton, que finalmente ganha sua oportunidade na equipe, espera ganhar a confiança dos tricolores.
Jogou bem quarta-feira, quando entrou no segundo tempo pela Copa do Brasil, e não faz nem questão de escolher onde vai atuar dentro de campo – seja na lateral esquerda ou no meio.
“Pra ajudar o Paraná, qualquer posição serve”, disse, antes de completar: “To só pensando em jogar”.
Davis voltou
Depois de entrar na justiça pedindo a liberação de seu passe junto a outro clube, o atacante Davis foi reintegrado ao grupo de jogadores do Paraná Clube.
Ele alegava falta de pagamento de alguns encargos, mas a situação já foi resolvida e foi comemorada por Marcelo Oliveira.
“Como cheguei com um projeto de aproveitamento de atletas da base, eu o acompanhei e ele me impressionou muito nos primeiros treinamentos”, disse.
A situação, porém, não foi a mesma com Rodolfo. O goleiro ganhou liberação para negociar com outro clube, após ficar quatro meses sem receber seus salários.
