Diante de um velho algoz, o Paraná Clube coloca em jogo a sua invencibilidade sob o comando do técnico Rogério Perrô.
Amanhã às 20h30, no Machadão o Tricolor encara o América de Natal, que no ano passado venceu os dois confrontos entre os clubes e contribuiu diretamente no rebaixamento do representante paranaense.
Hoje integrantes da Série B, Paraná e América vêem à distância o sonho de retorno à elite nacional e têm como prioridade a fuga da zona de rebaixamento à Terceirona.
O Paraná, que nas últimas jornadas já deu sinais de reação, tem amanhã a condição de empurrar ainda mais para o fundo do poço o time potiguar. O técnico Rogério Perrô, que admitiu ter armado uma retranca no jogo frente ao Bahia, agora muda o tom da conversa. ?Vamos a Natal atrás da vitória.?
Para isso, arma o seu time com um atacante a mais Fábio Luís entra na vaga de Éverton, suspenso e promete uma pontaria mais aguçada, após uma semana de treinos específicos deste fundamento.
As inúmeras oportunidades desperdiçadas frente ao ABC, na sexta passada, fizeram a comissão técnica trabalhar à exaustão as finalizações. ?Realmente perdemos muitas chances, mas, boa parte delas na conta da ansiedade?, acreditam os jogadores paranistas.
?Estávamos há muito tempo sem vencer e essa pressão era muito clara, para quem quisesse ver?, lembrou o garoto Giuliano. ?Agora, acredito que as coisas vão se encaixar de forma mais serena, ao natural?, ponderou.
Resta saber como será o comportamento do time sem o seu principal articulador. Sem Éverton, o Tricolor atuará apenas com Giuliano na armação, com a missão de alimentar os atacantes Gilson e Fábio Luís.
Por característica, o Tanque atuará mais próximo da área, como referência, deixando para Gilson a movimentação pelos lados do gramado.A idéia de Rogério Perrô, com essa formatação, é garantir também maior poder de fogo ao time, acreditando que, enfim, o Paraná terá a tranqüilidade para mandar a bola para as redes do adversário.
Outro ajuste processado pelo treinador foi a entrada de Rogerinho na ala-esquerda. Também uma mudança que visa tornar o time mais agudo nas jogadas por este flanco. Com uma vantagem: é possível afirmar que Rogerinho conhece os atalhos do Machadão.
Natural de São José do Mipibu, interior do Rio Grande do Norte, o lateral atuou por seis anos no América e recentemente atuou pelo ABC, antes de ser contratado pelo Paraná. ?O gramado não é dos melhores e tem chovido na região. É um obstáculo a mais para a gente superar, além do time do América, que vem em crise, mas motivado por uma troca no comando técnico?, lembrou o novo dono da camisa 6.