Invicto há quatro jogos, o Paraná Clube ensaia uma arrancada na Série B, ainda sonhando com o acesso à primeira divisão. Nessa corrida de recuperação, o time tem pela frente mais uma decisão. A bola da vez é o Criciúma, às 20h30, no Durival Britto. O técnico Guilherme Macuglia vai contornando as dificuldades e aposta na força do conjunto, que nas últimas partidas conseguiu novamente encarnar o espírito guerreiro que a Segundona exige.
“Não tem sido fácil, pois não conseguimos repetir a equipe. Mas, todos estão de parabéns pelo esforço. Nesta competição, é fundamental esse poder de aglutinação, com todos se ajudando”, analisou Macuglia, satisfeito com as recentes vitórias sobre ASA e Vila Nova. Diante do Criciúma, o Paraná busca uma marca inédita nesta Série B: três vitórias seguidas.
Mesmo tendo se mantido durante quase todo o primeiro turno no G4, o Tricolor só emplacou duas “dobradinhas”. Nas rodadas 4 e 5, venceu Salgueiro (1×0) e Goiás (3×0). Repetiu a dose nas rodadas 11 e 12, quando superou Vila Nova e Criciúma (ambos por 2×1). “Vejo o nosso momento como positivo e com os bons resultados recuperamos a confiança. Isso é muito importante num momento como esse, quando a competição vai se afunilando”, comentou Macuglia.
Apesar do bom momento citado pelo treinador e da invencibilidade, o Paraná, neste período, não conseguiu subir na tabela de classificação. Desde a derrota para o Icasa, o time de Macuglia vai se mantendo na 10.ª colocação. Porém, há um aspecto importante para quem pensa no acesso: mesmo sem subir nenhum degrau, o Tricolor viu a sua distância para o G4 cair de 11 para 7 pontos. “Se isto se repetir nas próximas rodadas, voltamos ao páreo”, admite Macuglia.
O treinador, porém, mantém a política de evitar projeções, preferindo focar sempre o próximo jogo. “Nossa sorte na competição passa por um bom resultado frente ao Criciúma. E trata-se de um adversário perigoso”, alertou, com conhecimento de causa. No início do ano, ele comandou a equipe catarinense na disputa do estadual. “Eles contrataram várias peças, mas boa parte da base foi mantida. Temos que tomar cuidado, especialmente com o Schwenck”, alertou Macuglia, que mesmo sem oficilializar a equipe antecipou a manutenção do 3-5-2.
Nas projeções, o Paraná precisaria de sete vitórias nas oito rodadas que restam para ainda ter chances de fechar a temporada novamente na primeira divisão nacional. “O primeiro passo é sempre buscar a vitória. Depois, se os adversários tropeçarem, melhor”, arrematou Macuglia. Na rodada de hoje, uma vitória aliada a tropeços de alguns rivais poderá devolver o Tricolor à sexta colocação da Série B.