Sem contratações de impacto, mas procurando formar uma nova e sólida base para o departamento de futebol, o Paraná Clube inicia hoje às 18h30, no Durival Britto a sua caminhada na temporada 2010.
Como em temporadas passadas, o trabalho da diretoria foi tentar driblar a crise financeira e a falta de investidores para montar um grupo minimamente competitivo para as disputas do Paranaense e da Copa do Brasil.
As competições servirão para o técnico Marcelo Oliveira armar uma estrutura capaz de fazer do Tricolor um dos candidatos ao acesso na Série B, que começa em maio. Só que o próprio treinador tem consciência de que não poderá desvincular a montagem desse time de bons resultados já no Paranaense.
Por isso, o jogo frente ao Rio Branco de Paranaguá é, sim, uma prova de fogo para o Paraná, logo em sua primeira apresentação na temporada. “Em casa, não podemos vacilar. Se vamos jogar bem ou não, é outra história. Temos que vencer”, garantiu o treinador.
Marcelo Oliveira é só um dos estreantes dessa noite. Outros nove jogadores vestem pela primeira vez a camisa azul, vermelha e branca, sendo cinco deles titulares do “novo” Paraná.
“O tempo de preparação passa longe de ser ideal. Mas, nesses dez dias, procuramos trabalhar tudo o que foi possível”, ponderou o treinador. “Não tem jeito.
No Brasil, em começo de temporada, o jogador tem que se superar mesmo”. E a superação será o ponto mais cobrado pela comissão técnica, que não espera um time brilhante, muito menos capaz de jogadas de efeito nesses primeiros jogos.
Um quadro que fez Oliveira ajustar o time num 3-5-2, priorizando as características de seus zagueiros e alas. Com isso, cinco estreias foram confirmadas: o goleiro Juninho, os zagueiros Alessandro Lopes e Irineu, o ala esquerdo Guaru e o meia Márcio Diogo.
“Haverá dificuldade, com certeza. Mas, nosso plano é brigar pela primeira colocação. Então, não dá pra vacilar em casa”, disse o artilheiro Marcelo Toscano, um dos remanescentes do ano passado.
O grupo formado por ele, Murilo, Luís Henrique, Luiz Camargo, João Paulo e Wellington Silva tem a tarefa de dar sustentação para os novatos, nesse período de transição.
“O Paranaense é uma competição de muita força. Por isso, vamos ter se dar o máximo, sabendo que em casa é proibido perder pontos”, arrematou o atacante, que agora atuará um pouco mais distante da área.
No esquema armado por Marcelo Oliveira, Toscano e Márcio Diogo irão se revezar na aproximação a Wellington Silva. “O Toscano sabe fazer isso muito bem. É um jogador que tem força e qualidade pelos lados ou centralizado”, arrematou o treinador paranista.