Paraná Clube quer arrancar bem no Paranaense

O técnico Marcelo Oliveira inicia amanhã uma nova fase na sua vida profissional. Depois de conseguir algum destaque no futebol de Minas Gerais -comandando o Atlético-MG e depois o Ipatinga -, o treinador busca agora projeção em novo mercado.

Numa avaliação superficial, vê o Campeonato Paranaense muito parecido com o mineiro. Coloca o Paraná Clube como um candidato em potencial ao título e estabelece metas ousadas.

Só para começar, quer uma arrancada marcante, aproveitando três jogos em casa, nas quatro primeiras rodadas. “O regulamento é um tanto estranho”, disse o técnico, numa referência ao famigerado supermando. Com base nisso, só vê uma alternativa para o Tricolor.

“Temos que fechar essa fase classificatória em primeiro ou segundo. É a nossa meta, mesmo sabendo que se trata de uma competição difícil, com alguns clubes do interior muito bem estruturados”.

Na base da comparação, lembrou que o paranaense, assim como o mineiro, conta com três clubes de tradição na Capital. “E, aqui, ainda há o Corinthians, que está conquistando seu espaço”, emendou.

“Por tudo isso, trata-se de uma competição difícil, onde não podemos vacilar em casa”. Este foi um tema recorrente no bate-papo entre comissão técnica e jogadores nesses doze dias de confinamento no Ninho da Gralha. “Usamos muito os exemplos recentes. Nas últimas temporadas, em especial na última, o Paraná não teve um comportamento condizente com a sua tradição”, disse Oliveira.

O discurso do técnico é calcado em números. “No ano passado, o rendimento foi de somente 47% de aproveitamento na 1.ª fase e 38% na 2.ª fase. E, estreou sendo goleado, o que é péssimo. Temos que estar atentos a tudo para não sermos surpreendidos”, ponderou Marcelo Oliveira.

A missão do “novo” Paraná é somar de 10 a 12 pontos nas quatro primeiras rodadas, onde realiza três jogos na Vila Capanema. “É a nossa casa. Aqui temos que contar com a presença e o apoio da torcida. Em retribuição a isso, eles verão um time valente, guerreiro”.

Nos seus recentes trabalhos, Marcelo Oliveira optou sempre por utilizar duas linhas de quatro jogadores. Aqui, recorreu ao 3-5-2, por um motivo justificável: as características dos jogadores que estão à sua disposição.

“O técnico deve montar o esquema de acordo com as características dos melhores jogadores. O Murilo vinha jogando e tem bom entrosamento com o Toscano e João Paulo. Da mesma forma, o Guaru é um jogador ofensivo”, comentou o técnico.

“Como nossos zagueiros sabem atuar desta forma, é a melhor estratégia. Nosso time ficou mais alto, mas tem que ter uma ação efetiva dos alas e de pelo menos um dos volantes”, avisou.

Com essa dinâmica de jogo, quer ver seu time chegando sempre com quatro, cinco jogadores, com uma retomada rápida da marcação. Oliveira, já prevendo o desgaste natural de alguns atletas, sabe que nestes primeiros jogos além de um time capaz de fazer da superação sua maior arma precisará contar com o banco, até para decidir a partida.

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