Paraná Clube quer a posse definitiva da Vila Capanema

Toda a movimentação política em torno da Arena da Baixada e do novo estádio do Coritiba é acompanhada à distância pelo Paraná Clube. Imerso em seus problemas crônicos, o clube não vê nenhuma possibilidade momentânea de também receber algum favorecimento a partir do “fator” Copa do Mundo. Hoje, nem mesmo a questão envolvendo a posse definitiva da área do estádio Durival Britto está recebendo a atenção devida.

No final do ano passado, vendeu-se a ideia de que a histórica pendenga judicial envolvendo o estádio seria resolvida de forma simples, através de uma ação política. A Vila Capanema, que está atrelada à União por conta de uma disputa entre o clube e a extinta Rede Ferroviária Federal, seria repassada ao governo estadual e, na sequência, o Paraná passaria a ser o legítimo dono da área de 58.000 m2, em uma região estratégica de Curitiba.

“Diante de questões pontuais, deixamos tudo isso de lado. O Paraná tem essa dificuldade, pois sempre há um problema maior a ser administrado”, reconheceu o presidente do conselho deliberativo, Benedito Barboza.

Na opinião de Barboza, essa questão envolvendo o Durival Britto só tem chance de ser retomada no ano que vem, a partir da posse da nova diretoria. “Nos últimos meses, as atenções de todos ficaram para o futebol. Agora, vivemos esse processo de sucessão presidencial”, lembrou. “Na verdade, quem vai decidir qual o caminho ser seguido nessa questão da Vila Capanema será o novo presidente”. Aí, surge uma nova dificuldade. Até o momento, não há um candidato efetivo para o pleito de 9 de novembro. Faltam somente 27 dias para a eleição e nem mesmo a situação definiu quem a representará nas urnas.

Aramis Tissot, Aquilino Romani e Waldomiro Gayer Neto – que compõem a atual diretoria – já anteciparam que não pretendem disputar a presidência. Tissot, inclusive, trabalha na busca de um candidato de consenso, entendendo que um bate-chapa não seria saudável para a vida política do clube. No entanto, o grupo do ex-presidente José Carlos de Miranda se articula para lançar sua chapa, que seria encabeçada pelo empresário Aldo Coser. “Historiamente tem sido sempre assim. As chapas acabam sendo definidas no último instante, pois elas podem ser inscritas até dois dias antes da eleição”, lembrou Benedito Barboza.

Antes do pleito, o Paraná terá a posse no corpo transitório do conselho deliberativo no próximo dia 20 de outubro. Estes conselheiros deverão aprovar um planejamento estratégico para o clube, um trabalho que tem sido desenvolvido há meses pela equipe do vice de planejamento Rubens Ricardo Bohlen, com a participação do Senai.

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