Em clima de decisão, o Paraná Clube faz hoje, às 21h50, na Vila Capanema, o seu primeiro grande jogo desta temporada. Com a certeza de “casa cheia”, a equipe do técnico Ricardinho busca dar um passo decisivo na difícil caminhada de resgate do Tricolor. Após eliminar Luverdense-MT e Ceará, o representante paranaense se depara com o poderoso Palmeiras, líder do ranking de clubes da CBF, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
A expectativa gerada pela partida fez com que, até ontem à noite, mais de 12 mil ingressos já tivessem sido vendidos. Além disso, com a transmissão da partida para todo o País, o Paraná conseguiu atrair um patrocinador pontual para sua camisa – a Kalunga. Com tudo conspirando a favor, o Paraná não quer perder esse momento de “lua de mel” com a torcida. “A nossa sorte na Copa do Brasil passa por um bom resultado nesse confronto”, admite o técnico Ricardinho. “Temos que saber fazer a leitura do jogo, nos adaptando ao regulamento da competição”, completa.
Mesmo sem abdicar das características ofensivas de seu time, o treinador sabe que é importante agir com equilíbrio neste jogo, atacando, mas sem se expor. “Chegamos aqui com essa filosofia de jogo e não vamos mudar. Mas é claro que com os cuidados que o time do Palmeiras merece”, ressaltou Ricardinho.
A estratégia é simples: vencer, mas sem sofrer gols. O técnico usou como exemplo as fases anteriores, onde o Paraná teve seu caminho facilitado ao marcar gols fora de casa. “Contra o Ceará, só nos classificamos por este critério. Então, vamos atacar, sim. Mas com equilíbrio e inteligência”. Ex-jogador do arquirrival do Palmeiras – o Corinthians -, Ricardinho não vê no momento de pressão do adversário um fator de desequilíbrio para o jogo desta noite. “Se eles tivessem passado pelo Guarani (no Paulista) o jogo continuaria sendo dificílimo”, ressaltou.
A entrada de Thiago Rodrigues na meta – ele substitui ao suspenso Luís Carlos – é a única mudança na equipe. Sinal claro de que Ricardinho vai mesmo apostar suas fichas nesse jogo em casa para tentar chegar às quartas de final da Copa do Brasil. “Se fosse optar por uma postura mais defensiva, teria que mudar jogadores. Não é o caso”, justificou o técnico paranista. A tendência, diante do volume de venda nos últimos dias, é que até o início da tarde toda a carga de 17.281 ingressos se esgote. Caso a previsão se confirme, esse seria o novo recorde de público do Durival Britto, desde que o Paraná voltou a atuar no estádio, em 2006.
