Paraná Clube precisa se refazer com urgência

O pífio desempenho diante de uma das piores equipes da Série B foi um duro choque de realidade para o Paraná Clube. Agora, o Tricolor é obrigado a refazer os planos e buscar -com alguma urgência – os pontos necessários para garantir um fim de temporada sem sustos. Mesmo sem “jogar a toalha”, o técnico Ricardinho já nem fala mais de G4. O desafio, agora, é fazer o time voltar a jogar um futebol convincente. Na prática, o Tricolor ainda precisa de 5 vitórias para atingir 46 pontos e não correr riscos de rebaixamento. “Temos que melhorar. Esse é o ponto. Tenho dito isso há algum tempo. Não adianta iludir ninguém, pois a nossa produção, na média, tem sido ruim”, disse Ricardinho, diante da frieza dos números.

O deslize diante do Guaratinguetá voltou a deixar o clube a 12 pontos do G4. Pior do que isso: ao ser derrotado por um dos “favoritos” à degola, viu a distância para a ZR cair para 9 pontos. Um quadro que transforma a partida de amanhã, às 19h30, na Vila Capanema, – em “decisão”. O Paraná recebe o Grêmio Barueri – lanterna absoluto da Série B, com apenas 13 pontos – com a obrigação de vitória.

Apesar dessa pressão, Ricardinho demonstra confiança, por se tratar de um jogo no reduto tricolor. “Em casa, temos imposto nosso futebol. O problema ocorre quando jogamos fora da Vila Capanema, longe da nossa torcida. É difícil diagnosticar o que ocorre com o time”, analisou, logo após o tropeço em São José dos Campos. “Atuamos em uma estádio neutro. Mesmo assim, não encurtamos espaços e deixamos o adversário jogar. Tem sido uma rotina na nossa campanha”, avalia o técnico.

Nesta Série B, o Paraná venceu apenas um jogo na condição de visitante, exatamente contra o adversário de amanhã. No 1.º turno, e com dois gols de pênalti – sofridos por Wendel e convertidos por Welington -, o Tricolor fez 2 x1, de virada, no Grêmio Barueri. Fora de seus domínios, o time de Ricardinho tem um aproveitamento de apenas 22,22%. Muito pouco para quem chegou a esboçar uma briga direta pelo acesso. Num momento do 1.º turno, mesmo sofrendo algumas derrotas pontuais – como nos jogos contra Vitória e Criciúma -, o Paraná dava a sensação de que poderia encostar nos líderes.

Aos poucos, o sonho se perdeu em meio a mudanças no time e a visível queda de rendimento de algumas peças. Hoje, o Paraná dá a sensação de que irá, como nos anos anteriores, fechar a temporada numa “zona morta” da tabela, sem maiores ambições e sem risco aparente. Só que para isso, minimamente o grupo precisa manter a performance em casa, onde o desempenho, até aqui, é de 63,89%.

Contusões obrigam time a improvisar

O lateral-esquerdo Wendell Borges desfalca o Paraná Clube por pelo menos cinco rodadas. Um exame de imagem, ontem, confirmou a fratura no dorso do pé esquerdo, resultado da “dividida” com o volante Júlio César, do Guaratinguetá. “O local é imobilizado e, agora, é uma questão de tempo, pois não há tratamento”, disse o médico Jonathan Zaze. Somente após a calcificação é que o jogador poderá voltar aos treinos normais, com o grupo. No lance que originou a lesão, o árbitro Wagner Reway (MT) não deu sequer falta (que seria pênalti). “Em média, estimamos em um mês de afastamento. Mas, isso pode variar, caso a caso”, completou Zaze.

A contusão de Wendell Borges traz mais um problema para o técnico Ricardinho, que já perdera recentemente o volante Zé Luís, com uma lesão de joelho. Isso porque Fernandinho, que vinha atuando no meio-campo, é a única opção para a posição. E, para piorar, o jogador será julgado hoje no pleno do STJD. Na 3.ª comissão disciplinar, Fern,andinho levou um “gancho” de quatro partidas pela expulsão frente ao Vitória.

O advogado Itamar Côrtes trabalha pela absolvição. “A única prova contra o Fernandinho é a súmula, que perdeu força, pois o árbitro foi punido pelos erros na partida”, lembrou Côrtes. Além de Fernandinho, o advogado também defende as absolvições do gerente de futebol Alex Brasil e do supervisor Fernando Leite, punidos com 45 dias de suspensão por ofensas e “ameaças” ao árbitro Felipe Duarte Varejão (ES).

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