O Paraná Clube vê no jogo de hoje às 18h30, no Epaminondas Brito a chance de “recomeçar”. Após um início de Série B surpreendente, o Tricolor caiu na mesmice dos últimos anos.
Despencou da liderança para um preocupante 13.º lugar ao término do primeiro turno. Para não ver o sonho ruir de vez, a partir deste confronto com o Ipatinga não restou outra opção: é vencer ou vencer.
Para atingir este objetivo, o time de Marcelo Oliveira terá que superar suas próprias limitações. Afinal, o Paraná tem um dos piores desempenhos da Segundona atuando como visitante.
O adversário poderia ser visto como “ideal”. Afinal, o clube mineiro está na lanterna da competição e jogando no Ipatingão tem desempenho irregular (3 vitórias, 3 empates e 3 derrotas).
Mas, como acreditar que o Paraná deixará de ser um time vulnerável fora de casa? A comissão técnica e os jogadores, até o momento, têm procurado a resposta para essa questão. Em vão.
O Tricolor só pontuou em dois dos nove jogos que disputou longe da Vila Capanema. Um rendimento que se não alterado poderá por em risco até a permanência do clube na Série B.
“Já perdemos muitos pontos bobos, por pura desatenção. Isso tem que acabar”, sentenciou Marcelo Oliveira. O técnico não esconde o desconforto com a postura do time fora de casa. “A gente alerta, mostra como o adversário se comporta e faz todo um trabalho de motivação”, lembrou. “Acredito no meu trabalho e vamos mudar isso”. Na prática, o Paraná teria que vencer de doze a treze jogos neste returno para, assim, fechar o ano entre os quatro clubes que garantirão acesso.
A equipe que entra em campo, hoje, deverá ter a volta natural de Kim à ala-esquerda. Mas, a mudança mais significativa ocorre no meio-campo. Após cumprir suspensão, Wanderson reaparece como titular e responsável pela articulação do time. Na última partida, sem o meia, o Paraná abusou da ligação direta e mesmo com três atacantes natos não conseguiu transformar volume de jogo em vitória.
Somente momentos antes do jogo Marcelo Oliveira define quem sai para a volta de Wanderson, Anderson Aquino ou Rodrigo Pimpão. Isto, é claro, se o treinador optar mesmo pela manutenção do 3-5-2. Neste caso, Tiago seguiria na zaga, já que Alessandro Lopes e Diogo foram vetados mais uma vez pelo departamento médico.
“Temos que jogar com inteligência, sabendo explorar o nervosismo do adversário”, comentou o atacante William, principal artilheiro nesta nova fase do time. “Eles vêm com tudo, no desespero. Só não podemos recuar demais”, completou o camisa 9 do azul, vermelho e branco.