Paraná Clube poderá negociar jogadores

A Copa do Mundo afetou em cheio a já complicada situação financeira do Paraná Clube e o presidente Aquilino Romani admite que, pelo menos um jogador do time principal, terá de ser negociado para minimizar os problemas.

“Precisamos recuperar receitas e o Gílson e (Marcelo) Toscano seriam os mais cotados para reequilibrar as finanças”, diz o dirigente, que afirma que a medida é reflexo de um mês sem rendas ou cotas direcionadas ao departamento de futebol profissional, por conta do recesso da Série B, que termina apenas no dia 13 de julho.

A última arrecadação do futebol tricolor data do dia 4 de junho, quando o Paraná Clube bateu a Portuguesa por 2 x 1 -resultado que levou o representante paranaense à liderança da Segundona.

Naquela noite chuvosa, onde o jogo esteve até ameaçada de adiamento, a receita líquida foi de pouco mais de R$ 30 mil. Desde então, o clube só conseguiu uma cota extra no amistoso frente ao Brasil, em Pelotas-RS. Dinheiro que acabou destinado ao pagamento de um “bicho” atrasado para o elenco tricolor.

Esta semana, o clube tem mais uma folha salarial e direitos de imagem a pagar. “Temos alguns projetos caminhando, mas tudo ficou parado devido à Copa”, disse o presidente tricolor.

O projeto principal seria a busca por um patrocinador master para a camisa. Além disso, o Paraná ainda espera pela chegada de alguns valores relativos à formação de atletas.

Em maio, o clube quitou alguns débitos com a transferência do zagueiro André Dias (do São Paulo) para o exterior. As transferências de Wellington Baroni (lateral-esquerdo) e Éverton (meia) também irão render dividendos ao clube. “Não é nada tão substancial, mas que ajuda a gente a apagar pequenos incêndios”, disse Romani.

Reunião decisiva

O dirigente revela desconforto com a situação. “É um ponto que me incomoda. O resto, a gente vai levando. Mas não vejo a hora de quitar todas as dívidas com jogadores e funcionários”.

Para tanto, o presidente conta, e muito, com o apoio do torcedor. “Não tivemos novas adesões neste mês, mas é normal. Todos estavam com a cabeça na Copa. Não tenho dúvida que a torcida vai nos ajudar assim que o campeonato recomeçar”, torce.

A meta de Romani continua sendo a mesma: superar a casa das 5 mil adesões ao programa SemPRe Torcedor. “Hoje, já passamos dos três mil sócios. Vamos conseguir”, acredita.

Para tanto, o presidente busca a manutenção do atual elenco, mas sabe que seu projeto pode sofrer algum ajuste. “Temos algumas propostas e, se for para a saúde financeira do clube, teremos que negociar”.

Aquilino Romani tenta, no entanto, priorizar uma transação que não represente saída imediata de qualquer jogador. “Temos uma possibilidade de venda de percentuais, mas com o jogador permanecendo na Vila”, avisa Romani, reforçando que Gílson e Toscano são as bolas da vez. Esta será uma das questões principais da reunião de diretoria programada para hoje à noite, na sede da Kennedy.

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