Foto: Arquivo |
Na zaga, Nem deve entrar no lugar de João Paulo, que levou o terceiro amarelo e cumpre suspensão. continua após a publicidade |
Em meio aos problemas para escalar o Paraná Clube, o técnico Paulo Bonamigo admite lançar mão de um novo camisa 9. Fábio Luís, contratado na última quarta-feira, pode estrear já no clássico deste domingo – às 18h10, no Joaquim Américo -, contra o Atlético. No seu primeiro treino, o atacante mostrou que é ?matador?. Com naturalidade, fez quatro gols, num rápido treino tático em campo reduzido.
Ao longo da fase classificatória, esta foi a maior carência do Tricolor: a ausência de um homem-gol. Bonamigo apostou inicialmente em Jefferson (que depois se lesionou) e depois partiu para improvisações, com Joelson e Massaro. Agora, de uma só vez, tem duas novas opções. No Estadual, pode lançar Fábio Luís, cuja documentação deve ser oficializada na CBF ainda hoje. Na quarta-feira, pela Copa do Brasil, poderá contar com Clênio (mas só na competição nacional).
?O grupo está encorpando. O que mais me deixa animado é o espírito de união. A garra com que esse elenco está disputando os jogos?, frisou o treinador. Bonamigo acredita que esse estilo guerreiro – bem à sua imagem, quando jogador – pode ser o diferencial a favor do Paraná nesta reta final do Paranaense. Só que para o clássico, o setor ofensivo não é o único problema para o treinador. Além de João Paulo e Daniel Cruz, suspensos, Bonamigo ainda não sabe se poderá contar com Jumar, lesionado.
Diante desse quadro, o técnico paranista disse ontem que sequer pensou num esboço do time para encarar o Atlético. ?É muito cedo?, disfarçou. Bonamigo conta com algumas opções para essas lacunas, mas tudo vai depender da estratégia de jogo que irá aplicar no clássico. A tendência é que a definição da equipe só ocorra momentos antes do jogo, naquela ?guerra fria? inerente aos duelos entre equipes rivais. A tendência é que Nem entre na zaga e Éverton seja improvisado na ala esquerda, mas Bonamigo preferiu não comentar essas possibilidades.
Outra opção seria troca de um zagueiro por um volante, como já ocorreu em algumas partidas deste Estadual. Neste caso, Goiano seria escalado. No meio-de-campo, pelo bom desempenho que teve ao longo dos trinta e poucos minutos em que esteve em campo, Cristian mostrou que também está na briga.
?O Paraná está em formação. Não é o ideal numa hora de decisão, mas vejo todos muito focados e na base da superação podemos atingir nossos objetivos?, disse Paulo Bonamigo.
Bronca com arbitragem
O Paraná Clube ficou com um pé atrás diante de trapalhada em torno da escala de árbitros para o fim de semana. Um dia após metralhar a arbitragem paranaense – com raras exceções o vice de futebol Durval Lara Ribeiro não gostou de ver a troca efetuada na última hora, com Maurício Batista dos Santos substituindo Antônio Denival de Moraes na direção do clássico. ?Se um árbitro vai para o sorteio, pressuponho que está apto a trabalhar. O episódio mostra desorganização?, reclamou o dirigente paranista.
Na última quarta-feira, Vavá Ribeiro já havia criticado duramente o árbitro Almir Rogério Ruiz Garcia e os assistentes José Carlos Dias Passos e Marco Aurélio dos Santos, que atuaram no jogo Paraná 1×0 Iraty. ?A nossa arbitragem é muito ruim. Em especial no que diz respeito aos bandeirinhas?, reafirmou. No jogo em questão, o Paraná chiou com a falta de critério do juiz, que aplicou cinco cartões amarelos a atletas do Tricolor e somente dois a jogadores do Iraty. ?E isso que eles fizeram quase o dobro de faltas?, completou o diretor técnico do clube, Fernando Moreno.
A indicação de Antônio Denival de Moraes havia sido recebida com serenidade pelos dirigentes, mas a mudança ?de última hora? resultou em novo clima de apreensão. Houve quem lembrasse que Maurício Batista dos Santos fora muito contestado pelo Coritiba, após o Atletiba da fase classificatória. O duelo acabou com vitória do Rubro-Negro (2×0), mas os coxas reclamaram duas supostas penalidades máximas não assinaladas a seu favor. ?Torço para que ele tenha um bom desempenho, pois sinto que o futebol paranaense precisa de um nível de arbitragem muito superior àquilo que se viu até aqui?, finalizou Vavá Ribeiro.
Família tricolor
?Aqui não existe o eu, mas o nós.? A frase do zagueiro Daniel Marques resume o astral do Paraná Clube. Desde a chegada de Paulo Bonamigo e demais integrantes da comissão técnica, o Tricolor conseguiu uma guinada na competição. De desacreditado passou a candidato ao título e largou com o pé direito na segunda fase do Paranaense. ?Estamos no caminho certo, mas com os pés no chão. Somente com esse perfil vamos chegar lá?, disse Daniel.
Para o zagueiro, a boa seqüência do Tricolor é reflexo do que acontece no dia-a-dia do clube. ?Aqui, todos estão fechados. Um ajuda o outro e não tem essa de titular. A nossa força está na união do grupo e por isso não importa se vamos ter dois, três desfalques. Quem entra, dá conta do recado?. Intimamente, Daniel Marques também comemora a volta por cima na carreira, que teve início quando voltou à Vila Capanema. ?Falhei demais no passado e assumo meus erros fora de campo. É página virada. Algo que não se repetirá?, reafirmou.
Perdedor do sorteio no apito
O árbitro da partida de domingo, entre Atlético e Paraná, será Maurício Batista dos Santos. Ele substitui Antônio Denival de Moraes, que havia sido sorteado para dirigir o clássico da 2.ª rodada, às 18h10, na Baixada. A escala foi mudada por motivos extra-campo. Antônio Denival de Morais é cabo da Polícia Militar e foi convocado pela Secretaria de Segurança Pública para integrar a Operação Costa Oeste, que acontecerá neste final de semana em Foz do Iguaçu, envolvendo 150 policias.
Maurício Batista do Santos também é militar, mas do Exército, onde ocupa a patente de 3.º sargento no 20.º BIB – Batalhão de Infantaria Blindado. O árbitro terá como auxiliares Gilson Bento Coutinho e Ivan Carlos Bohn. O quarto árbitro será Edemar Paris.
Maurício Batista dos Santos já apitou um clássico neste Estadual. Foi no dia 20 de janeiro, no Atletiba no Couto Pereira. O Rubro-Negro venceu por 2 a 0, gols de Ferreira e Alan Bahia. Cinco jogadores levaram cartão amarelo naquele jogo. Pedro Ken, pelo lado do Coritiba, e Michel, Danilo, Claiton e Nei do Atlético.
Em Irati
No outro jogo do Grupo A, entre Iraty e Engenheiro Beltrão, Nilo Neves de Souza será o árbitro, ficando Moisés Aparecido de Souza e Rafael Trombeta, como auxiliares. A partida acontece às 15h30, no Estádio Emílio Gomes, em Irati.