Foto: Valquir Aureliano/Tribuna

Maicosuel também caiu
de rendimento. Jogador estava cotado para mudar de clube.

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Três derrotas seguidas e o Paraná Clube está de volta à dura realidade do Brasileirão. Depois das péssimas atuações contra Juventude e Botafogo, o Tricolor vê o sonho da Libertadores se transformar num amargo pesadelo. Se não houver reação imediata, corre o risco de ser rotulado de ?cavalo paraguaio?. Os números são preocupantes. Melhor ataque da competição no 1.º turno, com 33 gols, o time de Caio Júnior não consegue balançar as redes a exatos 248 minutos.

Pela ?gordura? armazenada ao longo das primeiras 19 rodadas, a queda na tabela de classificação não foi tão acentuada. Mesmo assim, de líder do Brasileiro (essa era a posição do time no intervalo do jogo frente ao São Paulo) o Paraná caiu para a 6.ª posição e está, hoje, a dois pontos da zona de classificação à Libertadores. Pior que isso, começa a sentir a indesejável aproximação do bloco intermediário, das equipes que como ele ocupam a zona da Sul-Americana. Teorias à parte, nem mesmo a comissão técnica consegue encontrar uma justificativa precisa para o mau momento.

Suposições que vão desde o abatimento pela forma como o Tricolor permitiu a virada do São Paulo até um certo ?deslumbramento? do grupo com os elogios e o assédio de empresários. Isso sem contar a visível dificuldade da equipe em encontrar uma fórmula para suprir a ausência de Leonardo. Desde a saída do atacante, o Paraná não mais conseguiu marcar gols. Uma situação no mínimo curiosa, já que até então a força do time estava no fato da equipe não ter ficado – no 1.º turno – refém dos gols de apenas um jogador.

O ala Angelo tem os mesmos 5 gols que Leonardo e são os principais artilheiros do time. Outros três jogadores – Maicosuel, Émerson e Cristiano – têm quatro gols e no total 11 atletas do grupo já balançaram as redes neste Brasileiro. O meia Maicosuel, que passou a receber marcação individual nos últimos jogos, se queixa da falta de espaços. ?Está mais difícil jogar?, admite o jogador. Já Angelo não faz um ?golzinho? desde a derrota para o Palmeiras, há um mês. Coincidência ou não, todos conviveram nos últimos dias – até 5.ª feira, quando se encerrou o prazo para transferências internacionais – com a possibilidade de trocar o Paraná pelo futebol europeu.

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O grupo credita o momento às oscilações naturais em uma competição tão longa.

Os descrentes já insinuam que o Paraná ?virou o fio?. Um quadro mais preciso poderá ser definido após a partida de amanhã, no Olímpico, frente ao Grêmio. Num ?jogo de seis pontos?, o Tricolor pode encostar em um concorrente direto ou desabar para 9.º lugar, dependendo da combinação dos resultados da rodada.

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Sem ataque, Caio esquenta a cabeça

O atacante Leonardo segue fora do time. Ainda se recuperando de uma entorse de tornozelo, o jogador só deve voltar ao time na quarta-feira, no jogo de ida frente ao Atlético-PR, pela Sul-Americana. O mesmo vale para Cristiano, também do departamento médico. Frente ao Grêmio, amanhã, às 16h, no Olímpico, a novidade no ataque pode ser Henrique. O técnico Caio Jr. deve definir hoje a equipe que não contará com o volante Batista, suspenso.

Logo após o jogo no Rio de Janeiro, Caio deixou no ar a possibilidade de mexer em outras posições, diante do mau rendimento do time. Porém, as opções são escassas. Se optar, por exemplo, pela troca de um volante por outro, o técnico deve lançar Felipe Alves no meio-de-campo. Mas, necessitando de uma vitória para fugir da crise, a opção seria lançar um time mais ofensivo, com um meia-armador. Neste caso – e com a entrada de Henrique para formar o ataque com Maicosuel – a armação da equipe ficaria a cargo de Joelson, Sandro ou Gérson.

Em relação ao grupo que foi ao Rio, Batista voltou a Curitiba. Escalado no jogo frente ao Juventude, Jeff não esteve bem e acabou sacado ainda no intervalo. Atacante de área, é opção caso o treinador decida utilizar um jogador de referência à frente. Caio fez as últimas observações em relação ao adversário ontem à noite, no teipe do jogo: Grêmio 2 x 1 Cruzeiro.