A contar de hoje, o Paraná Clube tem 27 dias para evitar o maior vexame de sua história. Restam quatro jogos e a dura missão de computar pelo menos nove pontos.
Nas projeções da comissão técnica, esta é a matemática para evitar o rebaixamento para a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. Já relegado ao segundo escalão do futebol nacional, o que representaria na vida do Tricolor uma queda no Estadual?
Em uma palavra: desastre! A começar pela queda abrupta no faturamento. Na atual temporada, entre direitos de transmissão e placas no estádio, o Paraná tem uma cota de aproximadamente R$ 800 mil por quatro meses de competição.
Só que a questão financeira, neste caso, até poderia ser colocada em segundo plano. Isso porque é impossível mensurar qual seria o prejuízo com a longa inatividade.
A Série B termina no dia 26 de novembro e a segundona do Paranaense só tem início no final de maio, após o término da Série Ouro. Seriam quase seis meses sem uma competição oficial, à exceção da Copa do Brasil.
Na atual temporada, o Paraná se classificou para a Copa como 8.º no ranking da CBF (entram apenas dez clubes por este critério), situação que não deve se alterar para o ano que vem. Mesmo assim, o torneio – visto como atalho para a Libertadores – prevê tão somente dois jogos por mês, a partir de fevereiro.
Amilton Stival, vice-presidente da Federação Paranaense de Futebol confirmou que nem mesmo uma eventual queda do Paraná Clube acarretaria em mudanças no calendário.
“A Divisão de Acesso se inicia logo após o término da Série Ouro. Isso não muda”, assegurou o dirigente, lamentando o quadro atual do Tricolor. “Temos um planejamento bem definido neste aspecto, envolvendo as nossas três divisões, que nunca são disputadas simultaneamente”, explicou.
Ao Paraná, restam dois caminhos: torcer por deslizes do Rio Branco (ou uma punição no TJD pela suposta utilização irregular de um atleta) ou acreditar que o time conseguirá, nesta reta final, atingir um aproveitamento de 75%. Até aqui, em 18 jogos disputados, o rendimento é de apenas 27,78%. Levando-se em conta apenas a “era” Ricardo Pinto, o desempenho é de 54,17%.
A fim de não ficar quebrando a cabeça com contas e projeções, o caminho do Paraná para conseguir a sobrevivência em campo é a seguinte: conseguir, a partir do próximo fim de semana, sempre uma vitória a mais do que o Rio Branco.
O Tricolor encara Operário e Cascavel (fora) e Iraty e Arapongas (casa). Já os parnanguaras têm pela frente Iraty e Paranavaí (fora) e Arapongas e Atlético (casa). Para não ficar inativo em boa parte do 1.º semestre do ano que vem, o Tricolor tem um abril decisivo pela frente.
