O técnico Roberto Fonseca nunca escondeu a predileção pelo 4-4-2. A ausência de Júnior Urso -que contraiu caxumba e fica duas semanas fora do time -, porém, está fazendo o treinador mudar seus conceitos.

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No treino de ontem, o Paraná Clube voltou a trabalhar num 3-5-2, esquema que há tempos não é aplicado no clube. Esta pode ser a principal variação para o jogo contra o Bragantino, sábado, no Estádio Nabi Abi-Chedid, no interior paulista.

Por catorze rodadas, o Tricolor figurou no G4. Para encerrar o 1.º turno na área do acesso, o time que Roberto Fonseca terá obrigatoriamente que vencer este duelo. O representante paranaense caiu para o sexto lugar após o início da 19.ª rodada, sendo superado por Sport e Goiás, que venceram.

“Não podemos negar: isso incomoda. É muito melhor você trabalhar estando numa boa colocação. Mas, temos que superar esse momento de pressão”, disse o atacante Ricardinho.

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No treinamento de ontem à tarde, no CT Barcellos, Fonseca surpreendeu ao posicionar a equipe com três zagueiros. Todos imaginavam, pela conduta do treinador até aqui, que a ausência de Urso seria suprida com a entrada de outro volante (no caso, Maycon Freitas ou Anderson).

No entanto, mesmo sem contar com Cris – poupado, com dores musculares -ele escalou a defesa com Brinner, Flávio e Luciano Castan. Uma tendência que poderá ser oficializada no apronto desta tarde.

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Roberto Fonseca comandou o Paraná, até aqui, quinze vezes (7 vitórias, 3 empates e 5 derrotas). Em alguns momentos utilizou três zagueiros, mas com Brinner ou Castan improvisados como laterais.

Em momentos pontuais destes seis jogos (três com Brinner e outros três com Castan), o time se posicionou num 3-5-2. Mas, caso a opção tática se confirme, será a primeira vez que o treinador iniciará um jogo recorrendo aos três zagueiros, tendo a condição de, assim, liberar os alas.

Além da ausência de Júnior Urso, também pode estar pesando o fato do Paraná ter se mostrado um time mais vulnerável nos últimos jogos. Nas últimas seis partidas, somente uma vez (na vitória sobre o ABC, por 1×0) o Tricolor não saiu atrás no placar.

Nos outros cinco confrontos, o time ainda teve forças para empatar, diante de São Caetano e Guarani. “É sempre mais difícil ter que correr atrás. Temos que ter a noção de que se não dá pra ganhar, às vezes somar um ponto também não é de todo ruim”, reconheceu o capitão Cris.