O Paraná Clube busca um novo patrocinador master. O contrato com a Caixa Econômica Federal, que se encerra no fim do mês, não será renovado. Com uma série de pendências, o clube perdeu a CNDs (Certidão Negativa de Débitos), documento prioritário para a assinatura de um novo vínculo com a estatal. Mais um capítulo da difícil história recente do Tricolor, que não consegue estabelecer um equilíbrio financeiro. Hoje, a saída está quase sempre no patrocínio ‘amigo’, como nos casos da Racco e da Gazin, onde o coração fala mais alto.
O Paraná, em 2013, teve que se virar para conseguir apresentar as certidões necessárias para a assinatura do contrato com a Caixa. O banco estatal patrocina, hoje, treze clubes (das séries A e B) espalhados pelo Brasil, entre eles a dupla Atletiba. “É uma questão que estamos tratando internamente. Estamos ainda tentando encontrar alguma solução”, disse o presidente Rubens Bohlen, num tom, porém, pouco otimista. Com uma noção exata da realidade do Tricolor, sabe que reverter esse quadro envolvendo a CNDs é no mínimo improvável.
O primeiro contrato com a Caixa foi assinado em janeiro do ano passado e representou R$ 2 milhões aos cofres do clube (cerca de R$ 167 mil mensais). Só que durante a temporada passada, nem sempre esse valor esteve disponível. Resultado dos infindáveis bloqueios judiciais aos quais o Paraná se mostra vulnerável. Num primeiro momento, o foco passa a ser a busca de um outro patrocinador com o mesmo potencial de investimento. Nas redes sociais, especula-se que as tratativas envolveriam uma montadora de automóveis.
“Nosso marketing está trabalhando em várias frentes”, disse Rubens Bohlen. “Mas qualquer negociação demanda tempo. Vamos tentar equacionar isso o mais rapidamente possível”. A confirmação de que o Paraná não teria mais a marca da Caixa estampada nas suas camisas partiu do próprio vice Aldo Luiz Coser. Ele revelou que o clube já estava buscando em outras frentes um substituto, já que sem as CNDs, seria inviável esperar um novo acordo com a estatal.
Sem a Caixa, o aporte externo do clube se resume às cotas de tevê e ao apoio dos três parceiros que seguem ao lado do Paraná: o Hospital Costantini, a Gazin e a Racco. A empresa de cosméticos, aliás, estampa sua marca nas camisas do clube e também viabilizou a utilização do CT Barcelos como a nova base de treinamentos do Paraná Clube.