Tudo estava calmo demais. Após uma noite de falhas do técnico e dos jogadores, o Paraná Clube perdeu em plena Vila Capanema para o São Caetano por 3×2 e volta a correr risco de ser rebaixado para a terceira divisão. O resultado deixou o Tricolor empacado na 13.ª colocação na Série B, e perigosamente perto da ZR.

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O Paraná entrou em campo sem seu principal jogador. Por causa de uma reação inexplicável, Ricardinho tentou agredir o corintiano Chicão, foi expulso no jogo de sábado e cumpriu suspensão automática.

Com Éder ao lado de Rodrigo Pimpão, o Tricolor seria mais técnico na frente, mas não teria a explosão e a velocidade de seu titular. No outro lado, o que faltava era exatamente velocidade a Tuta, mas o centroavante seria marcado de perto pelos zagueiros paranistas. Afinal, como diria aquele comentarista, artilheiro é artilheiro.

E foi tanta atenção ao camisa 9 do Azulão que no primeiro lance de perigo do São Caetano o gol saiu. Todo mundo olhando para Tuta e Marco Aurélio subiu sozinho para abrir o placar aos 13 minutos.

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“Eu falhei, eu errei”, admitiu o zagueiro Daniel Marques. Mas era um resultado imerecido para os visitantes, pois o Paraná acertou uma bola na trave com Pimpão, e mandou outra logo após o tento paulista com Leandro.

E por isso o empate saiu seis minutos mais tarde. Fabrício lançou Fabinho, e o lateral teve presença de espírito para perceber o avanço do goleiro Júlio César e tocar por elevação, igualando a partida. Logo depois, Leonardo acertou uma voadora em Rodrigo Pimpão e levou cartão amarelo.

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O zagueiro do São Caetano não gostou e deu um “peitaço” no árbitro Djalma Beltrami e foi expulso. Agora não tinha mais jeito, o Tricolor ia atropelar. Certo? Errado.

A história do início do jogo se repetiu. Bola na área, ninguém marca e Marco Aurélio, aos 40 minutos, fez o segundo do Azulão. Gabriel falhou. Mas se era para o raio cair duas vezes no mesmo lugar, que fosse por completo.

Dois minutos depois, Kleber acertou a trave e Éder empatou. Ufa, e o primeiro tempo terminou no 2×2. “Estamos bem, mas precisamos melhorar. Estamos com um jogador a mais e temos chances de vencer a partida”, resumiu o meia Giuliano.

O segundo tempo seria eletrizante como o primeiro? Só para o São Caetano. O Azulão aproveitou que as alterações feitas por Paulo Comelli (as entradas de Cristiano e André Luiz nos lugares de Fabinho e Murilo) desmontaram o Paraná e partiu para cima.

Em seis minutos, dos 18 aos 24, os visitantes tiveram quatro chances de marcar. Na última, Luan chutou, a bola desviou em Fabrício e encobriu Gabriel, que estava muito adiantado.  Com um jogador a mais em campo, o Tricolor perdia.

Com a porteira arrombada, Paulo Comelli partiu para a tática suicida, sacando Daniel Marques e colocando o meia Gláucio. Não adiantou. Apesar da correria (e talvez por ela), o time não tinha calma para encontrar os espaços e marcar pelo menos o gol do empate. Sem ele, veio a derrota e a volta do perigo do rebaixamento.