A derrota por 2 x 1 para a Portuguesa, sábado, no Canindé, custou ao Paraná Clube duas posições na classificação da Série B. Na prática, porém, o preço pago foi maior.

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Como o Náutico venceu e a Ponte Preta também pontuou, o representante paranaense vai perdendo contato com os primeiros colocados. Caso não surja fato novo na competição, restará apenas uma vaga em disputa, e para um número expressivo de candidatos.

O Americana segue na 4ª posição, com 34 pontos. Mas a vaga é também objeto de desejo de Sport (33) e Vitória, Paraná e Criciúma – todos com 31. Isso sem contar a turma que vem logo atrás, a começar pelo Bragantino, que só tem um ponto a menos do que o próprio Tricolor.

“Segundo turno é sempre assim. Os jogos são decisivos e não há mais chance de recuperação. Não podemos mais vacilar”, reconheceu o técnico Roberto Fonseca, que segue quebrando a cabeça para armar o time, por conta de uma série numerosa de desfalques.

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Num momento decisivo da competição, o Paraná Clube convive com lesões de cinco titulares: Zé Carlos, Cris, Júnior Urso, Cambará e Welington. Destes, somente o goleiro tem chances de garantir retorno na partida frente ao Americana, sábado.

Zé Carlos se recupera de um trauma na região lombar e será reavaliado durante a semana. Já o zagueiro Cris, o volante Cambará e o meio-campo Welington estão previamente vetados, não apenas para o confronto de sábado, mas também para a partida da terça-feira subsequente, quando o Tricolor vai à cidade pernambucana de Paulista encarar o Salgueiro.

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Roberto Fonseca procura minimizar os desfalques importantes, para não desacreditar o elenco. “Não adianta ficar lamentando. Temos que buscar soluções no nosso grupo, que deu provas de sua força fazendo um bom jogo contra a Portuguesa”, comentou Roberto Fonseca. “Creio que fizemos um bom jogo e poderíamos pelo menos ter arrancado um pontinho”, lamentou o meia-atacante Jefferson Maranhão.

Autor do único gol paranista nesta derrota, no Canindé, ele não esconde o desejo de voltar à condição de titular. “É claro que ninguém gosta de sair do time. Mas, estou aí, à disposição do treinador”, destacou o atleta.

Com direito à estreia do lateral-direito Marquinho e improvisações como a do lateral Gleidson, que atuou no meio-campo, o Paraná teve bons momentos frente à Lusa.

Porém, o volume de oportunidades de gols não foi tão grande. Talvez resida aí o grande dilema de Roberto Fonseca: encontrar uma formação capaz de criar mais e finalizar melhor.

Nos últimos jogos, o treinador escalou Ricardinho e Hernane, mas as mudanças não resultaram nos gols que o torcedor anseia e que o Paraná precisa para se manter vivo na luta pelo acesso à elite do futebol brasileiro.