O jogo de hoje, às 19h30, contra o São Caetano, recebe tratamento de decisão. O técnico Toninho Cecílio fechou os treinamentos e não deu qualquer pista em relação ao time do Paraná Clube que se reencontrar com a vitória na Vila Capanema. A volta do zagueiro Anderson, recuperado de lesão, pode ser a única mudança, mas o treinador deixou no ar a possibilidade de outras alterações. O Tricolor precisa ganhar para se afastar o quanto antes do ZR e garantir um fim de ano sem sustos. “Temos uma sequência de jogos que vai exigir muito do psicológico do grupo”, ressalta Toninho Cecílio, lembrando dos próximos jogos em casa, contra Vitória e Criciúma. “São todos times de G4, buscando a confirmação do acesso. Nosso momento é outro, mas temos que igualar na disposição e na disciplina tática”, completa.
Para Cecílio, o segredo para garantir uma guinada na Série B passa pela organização do time em campo. “Não podemos cometer tantos erros. Um time bem postado dá tranquilidade para todos”, diz. Mas mesmo destacando a necessidade de o Paraná acertar seu sistema de marcação, Cecílio não quer abrir mão daquela que é considerada por ele a maior virtude do grupo: a ousadia dos atacante. “Vou além, quero que sejamos mais contundentes. A ideia é ajustar alguns posicionamentos para que a gente melhore o poder de fogo. É claro que tudo isso com inteligência, sem nos descuidarmos da marcação”, comentou.
O treinador estuda até a utilização de mais um atacante de referência, no caso Nilson. Isso ele citou nas entrelinhas, porque em momento algum deixou escapar a formação que colocará em campo. “Não é o meu normal. Mas esse jogo representa muito. Por isso, preferi não dar nenhuma pista sobre o time”, reconheceu. Durante a semana, apenas um trabalho foi aberto à imprensa. “Foi importante para a gente fechar o grupo e garantir um poder maior de concentração. Isso vai ser muito importante diante do São Caetano”, acredita. “Sei que o adversário vive um bom momento e é favorito para o acesso. Mas não tenho medo de afirmar: o Paraná tem todas as condições de vencer. É claro que precisa fazer por onde”, concluiu Cecílio, que hoje faz o primeiro jogo como técnico do Tricolor, na Vila Capanema.
São Caetano
O técnico Émerson Leão estabeleceu a meta para o acesso: seis vitórias nos doze jogos que tem pela frente. Assim, o clube do ABC paulista chegaria aos 67 pontos, número considerado suficiente, pelo seu treinador, para a volta à elite nacional. O São Caetano, que possui o melhor aproveitamento como visitante nesta Série B (69%) promete pressionar o Paraná, mesmo jogando na Vila Capanema. A única mudança na equipe deve ficar por conta da volta do goleiro Luiz, após cumprir suspensão.
Xerifão dá segurança à zaga
O zagueiro Anderson, se não houver nenhum imprevisto, reaparece entre os titulares do time. Uma segurança a mais para o Paraná Clube. Os números confirmam. Neste segundo turno, quando o Tricolor deu sinais de reação fora de casa – contra Guarani e América-MG -, o xerifão estava em campo. Já nas recentes derrotas para Guaratinguetá e Joinville, a zaga foi composta por Amarildo e Alex Alves. “Estou feliz com o meu desempenho, mas triste porque o Paraná poderia estar muito acima nessa classificação”, admite o jogador.
Livre de lesões, Anderson ainda sonha com uma arrancada do time nesta reta final. “Se não dá pra subir, vamos ao menos buscar uma boa colocação, pois ano que vem tem mais”, disse, demonstrando confiança quanto ao risco dessa aproximação da ZR. “Temos que fazer a nossa parte e vencer os jogos. O Paraná tem tradiç,;ão e não pode ficar apenas brigando para se manter na Série B”, completou. Além do zagueiro Anderson, que volta, Cecílio poderá contar também com o volante Packer e o atacante Luisinho, absolvidos pelo STJD.