Há mais de dois meses, o Paraná Clube não sabe o que é vencer fora de casa. Reflexo da sucessão de mudanças e de uma queda vertiginosa de produção. A meta, agora, é impedir a aproximação da turma da ZR. Hoje, às 20h30, em Volta Redonda (RJ), o time de Guilherme Macuglia tem a chance de provar que chegará ao fim da temporada ao menos livre de qualquer risco de degola. O adversário é o lanterna absoluto da competição: o Duque de Caxias.
Mesmo assim, o técnico Guilherme Macuglia prega atenção. “Não há jogo fácil. Eles já não têm nenhuma ambição, senão fechar o ano jogando com dignidade”, lembra.
O retrospecto recente dá uma dimensão do problema. Afinal, seja contra times da parte de cima ou de baixo da tabela, a história tem sido sempre a mesma. Já são seis jogos seguidos sem vencer como visitante, num ridículo aproveitamento de 11,1% (dois empates e quatro derrotas). Desempenho inexplicável para um clube que nas sete primeiras partidas fora de casa somara 47,6% dos pontos. Foram três vitórias, um empate e três derrotas, num momento em que o Paraná era apontado como um dos favoritos ao acesso.
Vieram as lesões, as improvisações e a troca no comando técnico. Tudo isso transformou o Tricolor em “saco de pancadas” nos quatro últimos jogos longe da Vila. Bragantino, Portuguesa, Salgueiro e Icasa venceram ao natural. Sendo que nas duas últimas partidas o Tricolor chegou a abrir o placar, mas não sustentou a vantagem.
De hoje até o fim da temporada, o Paraná joga mais seis vezes longe de Curitiba, contra Duque de Caxias, Vila Nova, Ponte Preta, Barueri, ABC e Sport. Caso mantenha o retrospecto recente, ficará em posição delicada em relação ao rebaixamento. Por conta disso, o jogo desta noite pode ser um divisor de águas. Uma vitória mantém a equipe ao menos numa posição intermediária. O inverso deixará no ar a sensação de uma reta final tensa, onde somente uma guinada no comportamento do time dará ao Tricolor a senha de permanência na Série B.
