Paraná Clube passa fácil pelo Iguaçu

Mais uma vez, o Paraná Clube precisou do segundo tempo para construir uma vitória que poderia ter sido mais fácil. Mas, depois de 45 minutos de sofrimento, ganhou ao natural do Iguaçu por 3 x 0, na volta do time principal ao Estadual, depois de cinco rodadas.

O resultado recoloca o Tricolor na zona de classificação para a segunda fase, em oitavo lugar, mas a equipe pode subir mais cinco posições se o grupo ?B? derrotar hoje o Roma.

Acostumado com a empolgação da Libertadores, o Paraná começou o jogo meio devagar. Tanto que permitiu duas boas chances do gol ao Iguaçu, ambas pelo lado direito do ataque, defendidas por Flávio.

O Tricolor dominava o meio-campo, mas repetia um erro que começa a tornar-se crônico diante de equipes retrancadas, como ocorrera diante do Real Potosí – a falta de aproximação de meias e laterais com o trio ofensivo Dinelson, Lima e Josiel, que em vários lances tiveram que enfrentar sozinhos seis ou sete defensores do bem organizado Iguaçu.

Quando começou a usar o fundo com mais freqüência e tirou um dos atacantes da área, o Tricolor chegou bem mais perto do gol. O recurso dos tiros de meia-distância também mostrou-se perigoso, e a evolução transformou-se em blitz depois que o lateral Givanildo foi corretamente expulso por um carrinho por trás em Lima, aos 42 minutos. ?Ficamos um pouco perdidos depois da expulsão?, falou no intervalo o técnico Orlando Bianchini.

De fato, com um a menos a retranca do Iguaçu desmontou. E não suportou o primeiro minuto da etapa final. Numa falta cobrada com precisão por Dinelson, João Paulo cabeceou sem chances para o goleiro Colombo e abriu o placar. Ficou fácil: Gerson e Lima desperdiçaram boas chances aos 4 e aos 5 minutos, e aos 13 uma linda triangulação envolvendo Dinelson e Josiel deixou Gerson na cara do goleiro para fazer 2 x 0.

Depois disso virou treino.

O Tricolor nitidamente afrouxou o ritmo, e o Iguaçu preocupou-se apenas em evitar uma goleada. Nem a infantil expulsão de Egídio, que acertou um adversário sem bola, mudou o panorama do jogo. Mas faltava o gol do matador: aos 35, Josiel aproveitou o rebote de um chute forte de Xaves e, com calma e precisão, encobriu o goleiro e fechou uma vitória que acabou tranqüila.

Paciência é a arma do Paraná

O ?time do segundo tempo? voltou a aparecer diante do Iguaçu. O técnico Zetti elogiou a paciência da equipe em buscar o resultado nos 45 minutos finais, fato que tem se repetido nos últimos jogos.

Na Copa Libertadores – torneio que o time de ontem vem disputando -, sete dos nove gols tricolores aconteceram na segunda etapa. Contra o Real Potosí, compromisso anterior do ?time A?, o Paraná também pressionou bastante no primeiro tempo, mas só marcou depois do intervalo. ?Pedi paciência no vestiário, porque o gol sairia a qualquer momento. Era só ter calma para tocar a bola e achar o melhor ângulo para marcar.

O primeiro gol saiu numa jogada que vínhamos trabalhando e depois tivemos mais facilidade?, falou o treinador.

Zetti cobrou também maior atenção dos árbitros em jogadas ríspidas, principalmente sobre o meia Dinelson, caçado pelos jogadores do Iguaçu. ?Numa das entradas, o árbitro teve medo de apitar. Foi conivente com a violência e poderia ter evitado estes lances?, falou. ?Saí com o tornozelo baleado. Cada um tem seu recurso, mas às vezes exageram?, reclamou o meia, que novamente teve boa atuação.

Outro destaque foi o atacante Josiel, que se dizia ?incomodado? por não ter marcado na partida anterior. Minutos antes de fazer o terceiro, cabeceou para as redes, mas a arbitragem apontou discutível impedimento.

?Não entendi porque anularam. Mas consegui marcar no lance seguinte, quando a única opção era encobrir o goleiro?, falou.

Por outro lado, Egídio ganhou puxão de orelha pela expulsão desnecessária ao atingir um adversário – pouco antes, o lateral havia errado um soco no volante Alex Lopes. ?Já chamei atenção dele e voltarei ao assunto. É garoto, mas não precisava daquele lance?, esbravejou Zetti.

Campeonato Paraaense
1ª fase
10ª rodada (jogo atrasado)
Gols: João Paulo, a 1 do 2º, Gerson, aos 13 do 2º e Josiel, aos 35 do 2º
Local: Vila Capanema
Árbitro: Almir Rogério Ruiz Garcia
Assistentes: Antônio Marcos de Andrade e Dinaldo Pinto Silveira
Cartões amarelos: Beto (P), Carlão, Ciro, Alex Lopes, Cidão e Igor (I)
Cartões vermelhos: Givanildo, aos 42 do 1º, e Egídio, aos 27 do 2º
Público: 1.669 pagantes (Total: 2.410)
Renda: R$ 20.112,00

Paraná
Flávio; Parral, Daniel Marques, João Vítor e Egídio; Xaves, Beto, Gerson (Jeff, aos 43 do 2º) e Dinelson; Josiel e Lima (Bruno Iotti, aos 33 do 2º). Técnico: Zetti

Iguaçu
Colombo; Tiago (Joni), Ciro e Carlão e Givanildo; Alex Lopes, Cidão, Igor e Abimael; Jacozinho (Giovane Fleck) e Tom. Técnico: Orlando Bianchini

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