Referência do Paraná Clube desde o ano passado, o volante Agenor não vê a hora do clube acertar com o Brasiliense a sua liberação. O jogador depende dessa questão para poder atuar frente ao Bahia, na estreia do tricolor na Série B.
“Sem esse acerto, não dá”, avisa o atleta. Isso porque as novas regras da CBF impedem que atletas troquem de clube na mesma divisão do campeonato brasileiro. Na prática, Agenor poderia jogar normalmente até o dia 31 de maio, data que seu atual contrato chega ao fim.
Este período abrange as quatro primeiras rodadas da Série B. “Só que o que acontece se eu jogo e depois os clubes não se acertam?”, indagou Agenor. “Por isso, espero que essa questão seja acertada até o início da próxima semana, para que eu possa treinar com tranquilidade”, explicou o jogador.
Agenor – assediado por alguns clubes, em especial o Figueirense – acertou há algum tempo as bases salariais para um novo contrato com o Paraná. Contratado no ano passado, obteve uma justa readequação salarial pelo que produziu com a camisa tricolor.
“Procuro fazer bem a minha parte e, depois de alguns incidentes ano passado, coloquei na cabeça que tinha que jogar tudo o que posso nesta temporada”, disse Agenor.
E é isso que o volante vem tentando fazer. É verdade que os fracassos no paranaense e na Copa do Brasil o frustraram. Mas, ele acredita na volta por cima nesta Segundona.
“Creio que é o campeonato mais importante para o clube. O Paraná é muito grande para ficar na Segundona. Por isso, a diretoria está renovando o time”, ponderou.
Na visão de Agenor, as quatro primeiras rodadas são decisivas para o tricolor. Não apenas por se tratar de uma competição por pontos corridos, mas principalmente pelo resgate emocional e moral do grupo. “É sempre ruim começar correndo atrás.
Temos jogos complicados nas primeiras rodadas, contra Bahia, Ponte Preta, América-RN e Vasco. Uma arrancada nesses jogos é o que precisamos para trazer o torcedor pro nosso lado e mostrar que temos condições de brigar por uma das quatro vagas”, analisou.
Curiosamente, Agenor iniciou a temporada no banco de reservas. Uma opção do então técnico Paulo Comelli, que após 45 minutos desastrosos da equipe frente ao J. Malucelli, reconduziu-o à condição de titular. Depois disso, só esteve fora da equipe em duas oportunidades, por suspensão.
“Individualmente, acredito que estou num bom momento. Mas, só isso não basta. Mais do que jogar bem, quero vencer, atingiu objetivos. E é isso que o Paraná deve projetar para esta Série B”, arrematou o volante paranista.