Atrás de um “sopro de vida” no Paranaense, o técnico Wagner Velloso faz mais uma aposta no clássico desta tarde. Desta vez sem treinos secretos ou suspense, confirmou a presença de Peterson no ataque.
Na luta contra a falta de objetividade do time, recorreu ao garoto, que passou por uma reciclagem após ser duramente apupado pelo torcedor, durante o jogo de abertura desta segunda fase. “Foi um momento delicado, mas é passado”, garante o centroavante, animado com a nova chance.
Peterson entra na vaga de Clênio, que não teve bom desempenho contra Coritiba e Fortaleza (este, pela Copa do Brasil). Como Wellington Silva não se recuperou da lesão sofrida há dez dias, Velloso decidiu fazer nova experiência.
Até estudou a possibilidade de lançar mão de Wando, mas entende que, pelo perfil tático da equipe, é preciso utilizar um atacante de referência, capaz de jogar na área adversária. “Sei que fui muito mal diante do Cianorte, mas isso é passado. Não quero nem lembrar daquele jogo”, disse Peterson.
O atacante, naquela oportunidade, entrou em campo aos 16 minutos do segundo tempo, na vaga de Lenílson. Não conseguiu fazer uma jogada sequer e teve que ouvir vaias incessantes até o fim da partida. Sabe que a reação do torcedor também se deve à expectativa criada após marcar três gols no jogo contra o Toledo, no início de março.
“Depois disso, não consegui mais jogar”, reconhece o jogador. “Mas trabalhei muito nesses últimos dias e me sinto pronto para dar a volta por cima.” E ele terá papel importantíssimo no jogo desta tarde.
Peterson é o único atacante de referência à disposição de Velloso, que sequer relacionou Clênio para o banco de reservas. Clênio, aliás, estaria sendo negociado para o exterior. As únicas opções ofensivas, hoje, são de velocidade (Maicon e Wando).
“Esse jogo é decisivo pra gente. É tudo ou nada. Estou preparado para fazer o meu melhor”, avisou Peterson. O jogador sabe que não terá ao seu lado outro atacante e viverá das aproximações de Lenílson e Bruninho. “O Paraná já tem um padrão de jogo definido. Tenho que me encaixar nesse sistema e procurar fazer o meu melhor.”
Peterson não é a única novidade no time paranista. Sem contar com Agenor e Fabinho, suspensos, Wagner Velloso escalou Hernani e Edu Silva, os substitutos naturais dessas posições. Além disso, recompôs a zaga com a volta de João Paulo, que cumpriu suspensão na Copa do Brasil.
“Não podemos sequer empatar. Por isso, temos que entrar em campo ligados do início ao fim”, comentou Edu Silva, que admite ainda estar devendo. “Hoje, o time está mais coeso. Espero fazer um grande clássico”, disse o jogador, ciente que um bom desempenho hoje pode contar pontos também para a permanência no grupo, que sofrerá ajustes para a disputa da Série B.